🚨 Presa em Roma, Carla Zambelli deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira: extradição para o Brasil está em jogo

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que se encontrava foragida desde sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi presa em Roma, na Itália, nesta terça-feira (29). Agora, ela enfrentará uma audiência de custódia nesta sexta-feira (1°), onde a Justiça italiana decidirá se relaxa sua prisão ou dará continuidade ao pedido de extradição solicitado pelo Brasil.

Zambelli, que tem cidadania italiana, foi detida no presídio feminino de Rebibbia, localizado a cerca de 30 minutos do centro de Roma. A audiência poderá ser o primeiro passo para a tramitação do processo de extradição, o que pode resultar em seu retorno ao Brasil para cumprir sua condenação de 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

⚖️ AGU vai acompanhar o caso a pedido do STF

O STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe de perto o processo de extradição de Carla Zambelli. A AGU poderá informar sobre o andamento da ação penal e o status da extradição, que pode levar de seis meses a um ano e meio para ser concluída, segundo os advogados consultados.

Com o pedido formal de extradição já realizado, o Brasil espera trazer Zambelli de volta para que cumpra a pena em solo brasileiro. No entanto, o advogado da deputada afirmou que trabalhará para evitar a extradição e que, caso seja aceita, Zambelli solicitará para cumprir a pena na Itália, seu país de origem.

🏛️ Motivo da prisão e antecedentes

Zambelli fugiu para a Itália após ter sido condenada pelo STF em um caso relacionado ao hackeamento do sistema do CNJ. Antes de chegar a Roma, a deputada havia passado um tempo nos Estados Unidos.

A polícia italiana, que determinou sua prisão em Roma, agiu após receber informações sobre seu esconderijo em um condomínio a 20 km do centro da cidade, onde Zambelli morava com seu pai.

🇮🇹 Acordos bilaterais e precedentes: extradição para a Itália

A Itália, que pode extraditar seus cidadãos com base em tratados internacionais e bilaterais, tem um precedente importante nesse tipo de caso. Em 2015, a Justiça italiana autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, que, assim como Zambelli, possuía dupla cidadania e foi condenado no processo do Mensalão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

📌 O que está em jogo:

• Ponto-chave: Carla Zambelli enfrenta extradição para o Brasil, onde deve cumprir pena de 10 anos de prisão.
• Status atual: Detida no presídio feminino de Rebibbia, Roma.
• Próxima etapa: Audiência de custódia nesta sexta-feira, 1° de agosto.
• Pediu para cumprir pena na Itália, caso a extradição seja aceita.
• Advogados: A defesa da deputada trabalha para evitar a extradição, alegando que ela deve cumprir pena na Itália.