Policiais invadem casa durante operação e matam cachorro…
O que era para ser uma manhã comum se transformou em um pesadelo irreversível para a família de Michelle Santos, moradora do bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte. Às 6h da manhã desta quinta-feira (24), a casa onde ela vivia com o marido e os três filhos foi invadida por policiais civis, que buscavam cumprir um mandado de busca e apreensão — em nome de uma pessoa que a família sequer conhece.
Mas o erro não parou por aí. Durante a ação, os agentes atiraram e mataram o cachorro da família, um pastor alemão de grande porte, que havia sido criado com amor e cuidado por anos. “Eles tiraram um pedaço de mim”, desabafou Michelle, emocionada.
“Eu só queria entender por que mataram o meu cachorro. E quando perceberam que tinham errado de endereço, só disseram que não podiam fazer mais nada”, contou, entre lágrimas.
Segundo ela, o animal ficou agitado com o barulho no portão e correu até a entrada da casa — onde foi atingido por um disparo à queima-roupa. O cão não resistiu e morreu ali mesmo, sem chance de defesa.
A explicação da polícia
A Polícia Civil alegou que os policiais agiram “para preservar a integridade física” da equipe. Segundo a nota oficial, spray de pimenta foi usado antes do disparo, mas os cães não recuaram. O tiro foi disparado quando o pastor alemão teria investido contra um dos agentes após o portão ser parcialmente aberto.
Ainda assim, não houve qualquer posicionamento da corporação sobre o erro no endereço ou o motivo da abordagem ter sido feita sem confirmar antes quem residia na casa.
Michelle, incrédula com a cena que presenciou diante dos filhos pequenos, acionou a Polícia Militar e agora busca justiça pela morte do seu companheiro fiel.
“A gente levanta cedo, trabalha, luta para cuidar da família… e no fim, a polícia invade nossa casa, mata nosso cachorro e depois simplesmente diz que errou. Como assim? E a dor que ficou aqui dentro?”.
Repercussão e indignação
O caso gerou comoção nas redes sociais, onde centenas de pessoas manifestaram solidariedade à família e pediram responsabilização dos envolvidos.
Enquanto isso, uma família segue tentando reconstruir a rotina depois de um trauma que nenhum pedido de desculpas pode apagar.
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