Ex-canibal de Garanhuns que vendia coxinhas de carne humana se torna pastor na prisão

O homem que chocou o Brasil com salgados feitos de carne humana agora prega o evangelho atrás das grades — e afirma que não quer sair nunca mais.

Jorge Beltrão Negromonte, o líder dos infames “Canibais de Garanhuns”, reapareceu em um vídeo que viralizou nas redes — vestido de camisa social, gravata e com um violão nas costas, pregando dentro da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá (PE). O homem que um dia foi manchete por crimes brutais agora é chamado de “Pastor da Penitenciária”.

Condenado por assassinatos e por transformar carne humana em salgados vendidos à população, Jorge afirma que está convertido há mais de dois anos, dedica-se totalmente à vida religiosa e não quer sair da cadeia.

“Se eu sair, volto a matar”, teria dito durante seu julgamento.

Diagnosticado com esquizofrenia e hoje cego, Jorge acredita que a prisão é seu único refúgio contra as “vozes” que o guiaram aos crimes hediondos. Segundo o advogado Giovanni Martinovich, ele recusou a progressão para o regime domiciliar, mesmo tendo direito.

“Ele teme ser morto ao ser reconhecido nas ruas… prefere permanecer preso e pregando a Palavra”, afirmou.

Apesar da nova vida atrás das grades, o passado macabro ainda assombra. O caso que levou Jorge e suas companheiras, Isabel Cristina e Bruna Cristina, à prisão, foi revelado em 2012, com detalhes arrepiantes: mulheres assassinadas, corpos esquartejados e salgados recheados com carne humana vendidos em Garanhuns (PE).

Hoje, Jorge atua como líder religioso no sistema prisional, com apoio de outros internos evangélicos. Um contraste chocante entre fé e crime, salvação e horror.

A Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco (Seap) confirma que assistência espiritual é oferecida nas unidades prisionais, respeitando as crenças de cada detento. O trabalho religioso, segundo o órgão, tem foco no apoio emocional e social aos presos — mesmo àqueles com passados tão sombrios.

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