🎤🚔 De palco ao presídio: Oruam sai da solitária e é transferido para cela coletiva em Bangu 3
Acusado de sete crimes e com sobrenome que carrega peso no submundo do crime, o rapper agora enfrenta uma nova rotina — atrás das grades e cercado por homens ligados à maior facção criminosa do Rio.
Mauro Davi Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, era, até pouco tempo, destaque nos palcos e playlists do rap nacional. Mas desde o dia 22 de julho de 2025, o cenário mudou drasticamente. O artista, filho de Marcinho VP — apontado como um dos chefes do Comando Vermelho —, agora cumpre prisão preventiva no coração do sistema penitenciário do Rio: a Penitenciária Dr. Serrano Neves, Bangu 3.
Após nova audiência de custódia, que decidiu manter sua prisão, Oruam deixou a cela individual em que estava desde a detenção e foi transferido para uma cela coletiva. A mudança, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), segue os protocolos padrão de avaliação de perfil de detentos.
Mas o que, de fato, levou o rapper a essa realidade tão distante dos palcos?

⚖️ Sete acusações e uma madrugada violenta
O caso que levou à prisão de Oruam é pesado: ele responde a sete acusações criminais — tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.
Na madrugada de 22 de julho, policiais foram cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor investigado por tráfico e roubo. O endereço? A casa de Oruam. Mas a abordagem tomou rumos inesperados.
Segundo o Ministério Público do RJ (MPRJ), o rapper e seus amigos tentaram impedir a ação dos agentes e lançaram pedras contra os policiais, uma delas pesando cerca de 5 kg, jogada de uma altura de mais de 4 metros. A perícia apontou que as pedras vieram do próprio jardim da casa. O MPRJ destacou o risco real de morte e disse que o ato foi cometido por motivo torpe e com meio cruel — o que pode enquadrá-lo na Lei dos Crimes Hediondos.

🎥 “Desespero” ou provocação?
Durante a ação, Oruam gravou vídeos desafiando a polícia, que foram publicados em suas redes sociais. A repercussão aumentou a pressão pública sobre o caso. Em nota, sua assessoria alegou que o artista agiu em um momento de “desespero e legítima defesa”.
Ainda segundo investigações, a residência de Oruam era usada como esconderijo para foragidos da Justiça, o que reforça o cerco judicial ao artista.
🔒 Bangu 3: novo palco, novas regras
Oruam agora divide espaço com detentos que possuem ligação direta com a facção criminosa Comando Vermelho, exatamente a organização que o pai dele liderou por anos e que ainda comanda parte do tráfico carioca de dentro das cadeias.
A cela coletiva de Bangu 3 pode até ter retirado Oruam do isolamento físico, mas a realidade agora é ainda mais dura: hierarquia de cadeia, rotina controlada, vigilância constante e o peso do próprio nome.
🤐 Silêncio do outro lado
Até o momento, a banda do rapper, sua equipe e demais representantes não se manifestaram novamente. O artista segue preso, enquanto seus fãs se dividem entre apoio, silêncio e decepção.
O caso de Oruam é mais um que escancara o abismo entre a arte das ruas e os caminhos que alguns artistas escolhem — ou se veem obrigados a seguir. E a pergunta que paira no ar é: o filho de um dos criminosos mais temidos do país está repetindo a história… ou tentando escrever uma nova?
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