Advogado do PL parabeniza PT por “última cartada” contra Sergio Moro

O cenário político brasileiro voltou a se agitar nesta segunda-feira (1º/9), após um gesto incomum do PL, partido de Jair Bolsonaro. Um dos advogados que representou a sigla na ação que pedia a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) elogiou publicamente o PT de Lula por insistir com um último recurso junto ao TSE.

O advogado Guilherme Ruiz Neto compartilhou a notícia de que os petistas apresentariam recurso contra a decisão da Corte, que havia mantido o mandato de Moro, e fez questão de parabenizar a sigla adversária:

image-135 Advogado do PL parabeniza PT por “última cartada” contra Sergio Moro

“Parabéns ao PT por não desistir e jogar a última cartada dentro do prazo da Justiça Eleitoral”, afirmou.


🏛️ Contexto do caso

PT e PL acionaram a Justiça Eleitoral alegando suposto abuso de poder econômico e político por parte de Moro durante a eleição de 2022. As siglas afirmaram que o ex-juiz teria se beneficiado de sua pré-campanha presidencial, o que justificaria a cassação do mandato.

Em maio, o TSE rejeitou por unanimidade os pedidos de cassação. O acórdão do julgamento foi publicado na sexta-feira (29/8), abrindo oficialmente o prazo para que recursos fossem apresentados.


🔹 PL decide não recorrer

Apesar da decisão do TSE, o PL optou por não recorrer. Guilherme Ruiz Neto confirmou a posição em declaração à imprensa:

“A decisão do PL, neste momento, é de que não recorramos.”

O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, endossou a decisão, reforçando que a sigla não pretende contestar o mandato de Moro, encerrando assim sua participação na disputa judicial.


⚠️ Última cartada do PT

Com a desistência do PL, o PT se tornou a única sigla a seguir com o recurso. Especialistas apontam que, mesmo sendo uma manobra judicial com poucas chances de sucesso, o movimento tem forte valor simbólico e político, mostrando a disposição do partido de continuar pressionando Moro e seu grupo político.

A expectativa é que o recurso seja analisado nos próximos meses, mantendo o caso sob os holofotes e reacendendo a polarização entre os grupos políticos que disputam espaço nas eleições futuras.

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