Pai mata própria filha, comparece ao velório e morre poucas horas depois no Paraná

Um crime brutal e chocante abalou a cidade de General Carneiro, no sul do Paraná, envolvendo a morte de uma adolescente de 16 anos e o trágico desfecho de seu próprio pai. Os detalhes do caso revelam uma sequência de atos perturbadores que deixaram a comunidade local em estado de choque.

De acordo com as investigações da polícia, Adenir Rodrigues da Silva, de 36 anos, tirou a vida de sua filha, Pâmela Gabriely Lins, após uma discussão ocorrida na noite do domingo, 26 de janeiro. A briga teria se iniciado após a família retornar de uma festa de aniversário, e investigações preliminares indicam que o conflito foi motivado por ciúmes de Adenir em relação à filha.

Durante a discussão, Adenir estrangulou a adolescente, causando sua morte. Em seguida, ele ocultou o corpo, transportando-o até as margens de um rio utilizando uma caminhonete, antes de retornar à residência como se nada tivesse acontecido. No dia seguinte, 27 de janeiro, o homem se apresentou na delegacia para registrar o desaparecimento da filha, alegando que ela teria saído para tomar sorvete e não retornado. Pouco depois, o corpo de Pâmela foi localizado, confirmando o homicídio.

O episódio tomou um rumo ainda mais trágico quando, no dia 29 de janeiro, Adenir compareceu ao velório da própria filha, assistindo à cerimônia de despedida. Horas mais tarde, ele gravou um vídeo confessando o assassinato e, em seguida, tirou a própria vida com um tiro na cabeça. Apesar de ter sido socorrido, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Testemunhas relataram que Adenir tinha comportamento abusivo e controlador em relação à filha, e que a discussão que culminou na morte de Pâmela teria sido motivada por ciúmes extremos. O caso também envolveu a namorada de Adenir, que acabou sendo presa. Segundo a polícia, ela poderia ter procurado ajuda ao perceber o transporte do corpo da adolescente e ainda teria destruído provas, incluindo bilhetes escritos pela vítima.

A tragédia gerou comoção em toda a região e levantou debates sobre violência doméstica, controle parental abusivo e a importância de denunciar sinais de risco. Autoridades locais reforçaram a necessidade de atenção à proteção de menores e apoio a famílias em situação de conflito.

O caso permanece sob investigação, com o objetivo de apurar todas as circunstâncias do crime, a participação da namorada e possíveis falhas que possam ter impedido a prevenção dessa tragédia.