HORROR EM MINAS: Após vizinhos sentirem cheiro de carne podre, polícia descobre cativeiro com crianças em condições desumanas

Um cenário digno de filme de terror foi descoberto na madrugada desta quinta-feira (04) em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O que parecia ser apenas um forte odor vindo de um terreno logo se transformou em uma das ocorrências mais macabras já registradas pela Polícia Militar de Minas Gerais: cubículos com pequenas camas improvisadas, sugerindo o uso do espaço como cativeiro de crianças.

O cheiro da barbárie

Segundo relatos, vizinhos e a advogada Andrezza Araújo foram os primeiros a notar o odor insuportável de “carne podre” que saía do local. A denúncia partiu da própria defensora, que já atuava em outro caso de cárcere envolvendo a mesma família. A suspeita imediata era de que mais crianças pudessem estar trancadas ou até mesmo mortas dentro do terreno.

Operação na calada da noite

Com o apoio de cerca de 20 militares do GER (Grupo Especializado em Recobrimento), a PM realizou buscas minuciosas durante toda a madrugada, mesmo com a visibilidade precária. Para evitar que provas fossem comprometidas, os policiais permaneceram no local até o amanhecer, aguardando o reforço de cães farejadores especializados em localizar corpos.

Ao inspecionar o espaço, os agentes se depararam com pequenos cômodos fechados com telhas e divididos em cubículos, cada um contendo uma “caminha”, reforçando a suspeita de que o terreno vinha sendo usado como ponto de cárcere.

Testemunha relata cena “horripilante”

A manicure Viviane do Nascimento Pereira Santos, de 29 anos, vizinha e responsável por denunciar o caso que resultou no resgate dos dois meninos em Belo Horizonte, acompanhou os militares na ação.

Abalada, ela descreveu o que viu:
👉 “Nunca vi nada tão horripilante. Foi horrível. Saí daqui à meia-noite e só cheguei em casa às 4h. Quanto mais eu andava pelo sítio, mais coisas eu encontrava.”

Um histórico de terror e negligência

O caso em São Joaquim de Bicas está diretamente ligado ao de Belo Horizonte, onde dois irmãos, de 6 e 9 anos, foram resgatados em fevereiro após dias sem se alimentar. Eles chegaram a pedir comida a vizinhos por um buraco no muro. No apartamento em que viviam, a própria mãe, Katia Cristina, foi presa acusada de espancar até a morte outro filho, de apenas 4 anos.

Atualmente, os garotos seguem internados em uma unidade de saúde da capital, onde precisarão permanecer até 15 dias para reaprender a comer. A mulher que se apresentava como avó dos meninos desapareceu sem deixar rastros.

Mais perguntas do que respostas

A descoberta reacende questionamentos sobre a existência de uma rede de maus-tratos sistemáticos, que pode envolver mais pessoas além da mãe já detida. A investigação tenta agora determinar se o terreno em São Joaquim de Bicas funcionava como um centro clandestino de cárcere e tortura infantil.

Enquanto isso, a comunidade segue em choque. O cheiro que primeiro denunciou o horror agora dá lugar ao medo e à revolta de moradores, que exigem justiça e temem que mais segredos macabros ainda estejam escondidos na região.

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