Morte de Isabella Nardoni pode ter reviravolta após 17 anos; denúncia envolve avô da menina

O caso Isabella Nardoni, que chocou o Brasil em 2008, pode ganhar uma nova reviravolta quase duas décadas depois. A Associação do Orgulho dos LGBTQIAPN+ protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo (MPSP) pedindo a reabertura das investigações e apontando o possível envolvimento de Antônio Nardoni, avô paterno da criança.

Nova denúncia

Segundo a entidade, uma policial penal relatou ter ouvido de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e condenada pelo crime, que o sogro teria participado de forma direta e consciente na morte da menina.

O documento afirma que Antônio Nardoni teria:

  • ajudado a criar um álibi para acobertar os réus;
  • atuado como instigador ou mesmo executor, já que Isabella ainda apresentaria sinais vitais quando foi arremessada da janela;
  • se beneficiado da falta de investigação na época, já que nunca chegou a ser formalmente investigado.

Pedido de investigação

A associação pede a reabertura do inquérito policial e a adoção de medidas de proteção à policial penal que trouxe o relato, uma vez que ela teme represálias caso se exponha formalmente.

Reações

O deputado estadual suplente Agripino Magalhães Júnior, presidente da entidade que fez a denúncia, criticou o regime atual de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que cumprem pena em regime aberto:

“É revoltante ver Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá circulando livremente entre nós, como se nada tivessem feito. Esse casal tirou a vida de uma criança de forma brutal, covarde e imperdoável. Não são pessoas comuns, são monstros que carregam nas mãos o sangue da própria filha e enteada”, declarou.

Ele completou:

“A sociedade não pode se calar diante dessa afronta. Precisamos de proteção, precisamos de justiça real.”

Um caso que marcou o Brasil

Isabella Nardoni, de apenas 5 anos, foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo em 29 de março de 2008. O crime causou enorme comoção nacional e levou à condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que receberam penas de 31 e 26 anos, respectivamente.

Agora, 17 anos depois, o nome do avô da menina entra no centro da polêmica e reacende o debate sobre a necessidade de revisitar o caso.

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