Jovem de 23 anos morre diante dos filhos em zoológico de Guarulhos; esposa denuncia descaso no atendimento

Um passeio em família terminou em tragédia e revolta no Zoológico Municipal de Guarulhos (SP). No último dia 28, Douglas Rodrigues Ribeiro, de apenas 23 anos, morreu repentinamente diante da esposa e dos três filhos pequenos. O caso gerou forte comoção e levantou acusações de negligência no atendimento.

Segundo relato emocionado da viúva, Sthefanny Bernardo, de 20 anos, o jovem começou a passar mal enquanto segurava o filho de 2 anos pela mão e carregava no colo o bebê de 9 meses. Ele reclamou que a visão estava turva e que o corpo “travava”. Poucos segundos depois, desabou no chão — cena presenciada pelas crianças e por dezenas de visitantes.

O que mais revolta a família é a denúncia de que não houve socorro imediato por parte dos funcionários do zoológico. O primeiro auxílio teria partido de duas visitantes, que tentaram ajudar Sthefanny a segurar as crianças e ainda acionaram o resgate.

“Foi um descaso total. Eu estava em choque, com três filhos pequenos, e ninguém apareceu para ajudar. Se não fossem as pessoas que estavam lá, teria sido ainda pior”, desabafou a jovem, inconsolável.

A morte repentina de Douglas, descrito como um pai dedicado e trabalhador, gerou grande repercussão nas redes sociais. Internautas, amigos e familiares exigem explicações da administração municipal e cobram mudanças urgentes na estrutura de atendimento de locais públicos que recebem centenas de pessoas diariamente.

Especialistas em segurança reforçam que, em casos de emergência médica, cada minuto pode ser decisivo para salvar uma vida. A ausência de profissionais treinados em primeiros socorros é vista como falha grave.

A Prefeitura de Guarulhos ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações de negligência. O caso deve ser investigado para apurar se houve demora ou omissão no atendimento.

Enquanto isso, Sthefanny tenta lidar com a dor e a responsabilidade de criar sozinha os três filhos. Em uma publicação comovente, escreveu: “Ele se foi de repente, sem nem ter a chance de se despedir.”

A tragédia escancarou a fragilidade da vida — e deixou uma pergunta no ar: quantas outras famílias precisarão sofrer antes que espaços públicos estejam preparados para agir em momentos de emergência?

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