Advogado criminalista encontrado morto em SP; polícia investiga intoxicação por metanol

São Paulo — O corpo do advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, 51 anos, foi encontrado na madrugada de 1º de outubro em Higienópolis, região central de São Paulo. A Polícia Civil investiga a possibilidade de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica encontrada em bebidas adulteradas.

Segundo o boletim de ocorrência, Pacheco participou de uma confraternização em um bar local, comemorando a aprovação de um projeto sobre isenção do Imposto de Renda. Ele optou por consumir uísque, enquanto os demais ingeriam cerveja. Minutos antes de passar mal, enviou mensagens a amigos afirmando ter ingerido metanol.

Ainda de acordo com relatos, ele começou a apresentar convulsões e dificuldades para respirar dentro de um táxi. O motorista acionou o SAMU, e Pacheco foi levado à Santa Casa de São Paulo, onde não resistiu. O caso foi inicialmente registrado como morte súbita pelo 78º Distrito Policial, mas novas diligências foram abertas após mensagens enviadas pelo advogado e o contexto de recentes casos de intoxicação no estado.

A Secretaria da Segurança Pública informou que aguarda laudos periciais do Instituto Médico Legal para confirmação da causa. A Secretaria da Saúde também reforçou que só poderá emitir parecer definitivo após exames técnicos.

Pacheco era figura respeitada no meio jurídico, conhecido por sua atuação firme na defesa das prerrogativas da advocacia. Foi um dos fundadores, em 2014, do Grupo Prerrogativas, coletivo reconhecido nacionalmente por casos de grande repercussão. Colegas lembram dele como um profissional comprometido com direitos fundamentais e justiça.

A notícia provocou ampla comoção na comunidade jurídica. O Grupo Prerrogativas divulgou nota oficial lamentando a morte e prestando solidariedade à família. O episódio também reacende o alerta sobre a circulação de bebidas adulteradas com metanol no Brasil — um problema crescente que já causou mortes e internações.

⚠️ Autoridades reforçam: consumir bebidas de procedência duvidosa é risco à saúde. O caso segue sob investigação.

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