Mulher é morta após ser perseguida enquanto pedia ajuda em via pública

Uma mulher de 39 anos foi brutalmente morta a facadas na noite deste sábado (4), na comunidade de Pedrinhas, zona rural de Ipanguaçu, na Região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Militar, o principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, que fugiu logo após o crime e, até a manhã deste domingo (5), ainda não havia sido localizado.

A vítima foi identificada como Patrícia Poliana Lopes, natural da cidade de Itajá. De acordo com informações preliminares, Patrícia e o suspeito estavam separados havia cerca de dois anos. Desde então, o homem não aceitava o fim do relacionamento e vinha apresentando comportamento agressivo e perseguidor, o que já preocupava familiares e amigos da vítima.

Na noite do crime, Patrícia participava de um bolão de vaquejada em uma propriedade rural de Ipanguaçu. Testemunhas disseram que o ex-companheiro também estava no evento, observando-a de longe. Pouco depois de ela deixar o local, o homem a seguiu de carro pela RN-118, em direção à comunidade de Pedrinhas.

Percebendo que estava sendo perseguida, a mulher tentou buscar abrigo em um espetinho às margens da rodovia. Segundo o comandante do destacamento da Polícia Militar de Ipanguaçu, Simão Araújo, o agressor alcançou Patrícia no local.

“Ela tentou se abrigar, mas foi puxada pelos cabelos e atacada com uma faca, recebendo vários golpes”, relatou o oficial.

Patrícia foi atingida diversas vezes no pescoço, tórax e braços, tentando se defender. Moradores ouviram os gritos e acionaram a polícia, mas, quando as equipes chegaram, a vítima já estava sem vida, caída na calçada do estabelecimento. O socorro médico confirmou o óbito.

Após o crime, o suspeito fugiu em direção desconhecida. Viaturas da PM realizaram buscas durante a madrugada, mas ele não foi localizado. A principal linha de investigação é feminicídio motivado por inconformismo com o fim do relacionamento.

O corpo de Patrícia foi recolhido pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) de Mossoró e passará por exames antes da liberação para o velório e sepultamento. O caso está sob responsabilidade da Polícia Civil de Ipanguaçu, que busca reunir provas e localizar o autor do crime.

A morte de Patrícia comoveu a população local e reacendeu o alerta sobre o aumento dos casos de violência contra a mulher no Rio Grande do Norte — uma realidade que tem destruído famílias e cobrado urgência por mais proteção e justiça.

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