VÍDEO: Corpos mumificados são encontrados em necrotério de hospital no Rio e caso choca o país

Um caso estarrecedor veio à tona no Rio de Janeiro: quatro corpos em estado de mumificação foram encontrados dentro do necrotério do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da capital. A descoberta foi feita por policiais da 23ª Delegacia de Polícia (Méier), durante diligências realizadas na sexta-feira (3), e expôs um cenário de abandono e negligência extrema.

Segundo a investigação, um dos cadáveres estava no local desde dezembro de 2024, sem qualquer providência legal de remoção ou identificação. Em ao menos um dos casos, a decomposição era tão avançada que não foi possível determinar o gênero da vítima.

Depoimentos colhidos pela Polícia Civil revelam que faltavam etiquetas de identificação, registros oficiais e encaminhamento ao IML, o que levantou suspeitas de irregularidades graves no manejo e armazenamento de corpos dentro da unidade pública.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar crimes como vilipêndio de cadáver, omissão de dever funcional e possível fraude processual. Todos os funcionários ligados ao setor de necrotério serão ouvidos, e imagens das câmeras de segurança, documentos internos e livros de registro estão sob análise.

Fontes da Secretaria Municipal de Saúde afirmaram que o hospital enfrenta falta de servidores e sobrecarga de trabalho, mas a Polícia Civil aponta que os fatos vão além de falhas operacionais — caracterizando um caso de “desídia institucional” e possível tentativa de ocultação de informações.

Em nota, a corporação destacou que o caso será tratado com prioridade, “dada a gravidade das imagens e o impacto social da denúncia”.

Especialistas em bioética e direito sanitário classificaram o episódio como “um colapso moral e administrativo”, que expõe falhas profundas na gestão hospitalar.

“A forma como tratamos nossos mortos revela o valor que damos à vida”, afirmou um dos especialistas ouvidos pela imprensa.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que está colaborando com as investigações e instaurou uma sindicância interna para apurar as responsabilidades.

A repercussão nacional foi imediata, levantando questionamentos sobre a fiscalização dos necrotérios hospitalares, o cumprimento de normas sanitárias e o papel do poder público na supervisão de serviços essenciais. O episódio lança luz sobre uma ferida antiga do sistema de saúde: a falta de estrutura, de humanidade e de controle na gestão dos espaços onde a morte deveria ser tratada com respeito.

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