Drink fatal: jovem morre após beber bebida com metanol — cidade entra em alerta com novas suspeitas
Um brinde que terminou em tragédia. A cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (6) a morte de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, vítima de envenenamento por metanol — substância tóxica usada em combustíveis e solventes, mas proibida em bebidas destinadas ao consumo humano.
O caso acendeu o sinal de alerta das autoridades e reforçou o temor de que uma nova onda de contaminações esteja se espalhando pelo estado.
⚠️ Um veneno invisível
O metanol é traiçoeiro: incolor, quase sem cheiro e altamente letal. Dentro do corpo, ele se transforma em ácido fórmico e formaldeído — compostos que destroem tecidos, causam cegueira, falência múltipla de órgãos e morte em poucas horas.
“Basta uma dose para colocar a vida em risco”, alertam especialistas.
Bruna foi internada no fim de setembro com sintomas severos após consumir uma bebida adulterada. Mesmo com tratamento intensivo, perdeu a visão, sofreu danos neurológicos irreversíveis e evoluiu para morte encefálica. Exames confirmaram a presença de metanol no organismo.
🚨 Investigações e números assustadores
A Vigilância Epidemiológica de São Bernardo do Campo já contabiliza 78 notificações de intoxicação e seis mortes suspeitas — um cenário que as autoridades classificam como “alarmante”.
A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária interditaram quatro estabelecimentos suspeitos de vender bebidas adulteradas. Amostras foram recolhidas e enviadas para análise, com foco em rastrear a origem da contaminação e a rede de distribuição ilegal.
De acordo com os investigadores, há indícios de que os responsáveis diluíam bebidas populares, como cachaças e vodcas, com metanol para aumentar o lucro — uma prática criminosa e potencialmente letal.
🕯️ Tragédia que se repete
O consumo de bebidas falsificadas não é um problema novo no Brasil. Em 2022, dezenas de pessoas morreram em Minas Gerais por ingestão de produtos adulterados. Mesmo após campanhas e fiscalizações, o mercado clandestino segue ativo, impulsionado pela busca por preços baixos e pela fragilidade da fiscalização em bares e distribuidoras.
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo lamentou profundamente a morte de Bruna e afirmou que ela recebeu toda a assistência possível. Profissionais de saúde relatam que o caso serve de alerta para uma tragédia que pode se repetir em larga escala.
⚖️ Responsabilidade e alerta à população
Autoridades reforçam que nenhuma bebida deve ser consumida sem procedência comprovada. Produtos sem selo de autenticidade, com rótulos mal colados ou preços muito abaixo do normal devem ser denunciados imediatamente.
Por trás de cada garrafa vendida irregularmente, há um risco real de morte.
O caso de Bruna Araújo de Souza deixa uma lição dolorosa:
👉 um gole barato pode custar a própria vida.
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