Relembre o caso: entregador morto após ataque de quatro pitbulls em Minas do Leão (RS)
Uma entrega de rotina terminou em tragédia em Minas do Leão, no Rio Grande do Sul. No dia do incidente, Américo Sampaio, de 63 anos, trabalhador conhecido na comunidade, foi brutalmente atacado por quatro cães da raça pitbull enquanto realizava a entrega de lenha para um cliente. O ataque resultou na morte do entregador após cinco dias internado em estado grave. O caso gerou comoção e debates sobre segurança, posse responsável de animais e responsabilidade civil.
⚠️ O ataque e a luta pela vida
Segundo testemunhas, Américo entrou na propriedade de uma idosa de 82 anos para deixar a lenha próxima da casa, conforme solicitado. Durante a entrega, foi surpreendido pelos cães, que avançaram de forma agressiva. Américo sofreu mordidas extensas em praticamente todo o corpo. Ele tentou se defender usando mãos e pés, e os filhos da idosa intervieram com um cabo de vassoura, mas não conseguiram conter os animais.
Ferido, Américo foi levado consciente a Porto Alegre, onde recebeu atendimento hospitalar intensivo. Permaneceu em coma por cinco dias, mas não resistiu às complicações — incluindo infecção generalizada e falência renal, segundo a família.
A sobrinha da vítima, Joice Souza, expressou tristeza e indignação: “Ele não faleceu por causas naturais. Ele foi morto. E a gente não consegue aceitar isso, porque ele era uma pessoa saudável”.
💔 Uma perda e um alerta para a comunidade
Para o irmão da vítima, Omero Sampaio de Souza, Américo será lembrado por sua dedicação ao trabalho e pela presença marcante em Minas do Leão. “Vai ser lembrado pelo trabalho que fazia… Minas do Leão era uma cidade pequena, todo mundo conhecia ele. Espero que não venha acontecer com outro o que aconteceu com meu irmão”, disse.
🐾 Desdobramentos legais e apreensão dos cães
No dia do ataque, um dos cães precisou ser sacrificado durante a tentativa de socorro. Os outros três foram apreendidos com apoio da Brigada Militar e levados ao canil da Penitenciária Estadual de Charqueadas. A Polícia Civil solicitou a entrega voluntária dos animais, mas a tutora se recusou a colaborar, resultando em intervenção judicial.
O caso segue em investigação, com novas testemunhas a serem ouvidas para esclarecer as circunstâncias e avaliar eventuais responsabilidades criminais e civis. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que poderá considerar acusações como homicídio culposo ou omissão de cuidado.
⚖️ Debate sobre segurança e posse responsável
A tragédia em Minas do Leão reacende discussões sobre segurança em propriedades privadas e a posse responsável de cães de grande porte. Especialistas alertam para a necessidade de medidas rigorosas de contenção e supervisão, principalmente em casos de raças consideradas potencialmente perigosas, para evitar acidentes graves.
A comunidade local segue em luto, lembrando Américo como um trabalhador dedicado, vítima de um ataque brutal que poderia ter sido evitado. O caso reforça a importância da conscientização sobre posse responsável e proteção de trabalhadores expostos a riscos.
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