Morre o jornalista Edgard Catoira, referência histórica da imprensa brasileira
O jornalismo brasileiro amanheceu de luto nesta sexta-feira (28). Morreu, aos 81 anos, o respeitado jornalista Edgard Catoira, um dos nomes mais influentes da comunicação nas últimas cinco décadas. Sua partida deixa um vazio profundo especialmente no Rio de Janeiro, onde construiu parte essencial de sua carreira ao lado da esposa, a também jornalista Lu Catoira. Ele deixa dois filhos e quatro netos.
O velório e a cremação acontecem neste sábado (29), na Capela 4 do Crematório e Cemitério da Penitência, entre 13h15 e 16h15, momento em que familiares, amigos e colegas devem se reunir para dar o último adeus a uma das grandes vozes do jornalismo nacional.
Um legado que moldou o jornalismo moderno
Pioneiro, competente e incansável, Edgard Catoira deixa uma contribuição inestimável à imprensa. Nos anos 60, foi responsável por implantar a sucursal da revista Veja em Salvador, movimento que abriu caminho para a expansão da Editora Abril no Nordeste. Pouco depois, repetiu o feito no Rio de Janeiro, consolidando-se como peça-chave no crescimento editorial da empresa e na formação de novas gerações de jornalistas.
Sua habilidade de liderança, rigor técnico e visão estratégica o transformaram em referência dentro das redações. Muitos dos profissionais que passaram por ele hoje ocupam posições de destaque na mídia brasileira.
Atuação marcante em grandes veículos e na defesa da imprensa
Além da Abril, Catoira brilhou na Carta Capital, onde fortaleceu a tradição do jornalismo investigativo e analítico, sempre com profundidade e responsabilidade. Também atuou em Secretarias Municipais do Rio de Janeiro, contribuindo para importantes projetos de comunicação pública.
Sua dedicação ultrapassou as redações: como diretor e conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), durante as gestões de Maurício Azedo, esteve na linha de frente da defesa da liberdade de expressão e do exercício profissional do jornalismo.
Despedida de um mestre
A morte de Edgard Catoira marca o fim de um capítulo essencial da história da imprensa brasileira. Sua trajetória, construída com ética, coragem e paixão, segue como inspiração em um momento em que a informação de qualidade é mais necessária do que nunca.
O jornalismo perde uma de suas grandes referências. Mas sua voz, seus ensinamentos e sua visão permanecem vivos em todos aqueles que continuam acreditando no poder transformador da comunicação.

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