“A Fome Vai Corroendo Por Dentro”: Lula Chora ao Relembrar Infância e Comemora Saída do Brasil do Mapa da Fome

Em um dos discursos mais emocionantes de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi às lágrimas nesta terça-feira (5/8) ao relembrar sua infância marcada pela fome e pela desigualdade. A declaração foi feita durante uma reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília — o mesmo órgão que ajudou a tirar o Brasil, novamente, do Mapa da Fome da ONU em 2025.


🥖 “Comi pão pela primeira vez aos 7 anos”

Visivelmente comovido, Lula falou sobre a dor silenciosa da fome:

A fome não dói, a fome vai corroendo você por dentro”, desabafou, com os olhos marejados.

Ele contou que só foi comer pão pela primeira vez aos sete anos de idade, porque na cidade onde nasceu não havia sequer lugar para comprar comida.


⚠️ “Cuidar da fome exige mais que técnica. Exige sentimento.”

Em seu discurso, Lula fez uma crítica dura à insensibilidade de setores que resistem a investir no combate à miséria:

Qual é a alma de um ser humano que, ao discutir o orçamento, ouve falar em dinheiro pra acabar com a fome — e diz: ‘Não pode gastar’?”, questionou o presidente.

Para ele, combater a desigualdade não é só uma questão de orçamento, mas de humanidade.


✅ Brasil fora do Mapa da Fome

A fala do presidente acontece em um momento histórico: o anúncio oficial de que o Brasil está, mais uma vez, fora do Mapa da Fome da ONU, de acordo com o novo relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

A conquista foi atribuída à:

  • Reativação do Consea no início do mandato;
  • Reforço no Bolsa Família;
  • Estímulo à agricultura familiar;
  • Ampliação de créditos para pequenos produtores.

💬 “Muito dinheiro na mão de poucos é miséria”

Ao encerrar seu discurso, Lula fez um apelo por mais redistribuição de renda e comparou o Brasil atual a um “formigueiro” que volta a se mover, com queda do desemprego, crescimento da massa salarial e reativação da economia:

Muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, prostituição, analfabetismo, desnutrição. Mas pouco dinheiro na mão de muitos é a riqueza que todos nós brigamos todo santo dia”.

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