Acusado de espancar ex com 61 socos no RN diz ter sido agredido na prisão — autoridades desmentem boatos

O caso que chocou o Brasil ganhou um novo capítulo. Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos — o ex-jogador de basquete flagrado pelas câmeras agredindo brutalmente a ex-namorada Juliana Garcia com 61 socos dentro de um elevador em Natal (RN) — voltou aos holofotes nesta segunda-feira (6) após rumores de que teria sido espancado e violentado dentro da prisão.

A informação, que se espalhou rapidamente pelas redes sociais e foi publicada por alguns portais, afirmava que o ex-atleta havia sofrido “retaliações” de outros detentos, em resposta à violência que cometeu contra Juliana. As imagens do crime, amplamente divulgadas em julho, mostraram a sequência de socos que deixaram a vítima com o rosto desfigurado — cena que provocou indignação nacional e pedidos de justiça.

Diante da repercussão, a Secretaria de Administração Penitenciária do RN veio a público negar oficialmente que o agressor tenha sido atacado dentro da unidade prisional.

“Não procede a informação de que o custodiado tenha sofrido qualquer tipo de agressão física ou sexual na unidade prisional”, informou o órgão em nota.

Segundo a secretaria, todos os presos passam por rotinas de monitoramento e inspeção médica, e qualquer incidente interno seria imediatamente comunicado às autoridades competentes.

Fontes da investigação apontam que os rumores teriam surgido a partir de supostos relatos anônimos atribuídos a agentes penitenciários, mas nenhuma dessas versões foi confirmada. O episódio acendeu um alerta sobre a disseminação de notícias falsas envolvendo casos de grande comoção pública — e os riscos de julgamento precipitado nas redes sociais.

A família de Igor Cabral também se pronunciou, afirmando que ele “está bem” e pedindo respeito à privacidade do preso. O ex-jogador segue detido preventivamente enquanto responde por tentativa de feminicídio.

A vítima, Juliana Garcia, de 35 anos, sofreu fraturas graves no rosto e passou por cirurgias de reconstrução facial. Desde então, ela tem recebido apoio de movimentos de defesa das mulheres e se tornou símbolo da luta contra a violência de gênero.

O caso continua em tramitação na Justiça do Rio Grande do Norte. A Secretaria de Administração Penitenciária reforçou que está garantindo a integridade física do detento e que “todas as medidas de segurança estão sendo observadas”.

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