Brasil em luto: morre José de Paiva Netto, líder da Legião da Boa Vontade e símbolo de fé, solidariedade e esperança

O Brasil amanheceu de luto nesta terça-feira (7), com a confirmação da morte de José de Paiva Netto, diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV) e fundador do Templo da Boa Vontade, em Brasília. Aos 84 anos, o jornalista, radialista, compositor e educador encerra uma trajetória marcada pela fé, pela solidariedade e pelo compromisso com o bem coletivo — uma vida dedicada a transformar palavras em ações e espiritualidade em serviço ao próximo.

A LBV confirmou o falecimento por meio de nota oficial, destacando o legado e o impacto do líder.

“Graças à sua capacidade empreendedora, consolidou a LBV como um dos maiores movimentos humanitários do planeta, que atende diariamente milhares de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade”, afirmou a entidade, emocionada.

Internado no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, Paiva Netto vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos meses, mas seguia participando ativamente das decisões da instituição. A causa da morte ainda não foi divulgada pela família, que pediu respeito e discrição neste momento de dor.

Figura respeitada no cenário humanitário e espiritual, Paiva Netto dedicou mais de cinco décadas à expansão da LBV, instituição fundada em 1950 por Alziro Zarur, de quem foi discípulo e sucessor. Desde que assumiu a presidência, em 1979, o jornalista transformou a organização em um referencial mundial de assistência e educação ecumênica, levando o nome da LBV a diversos países e consolidando parcerias reconhecidas até pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Um dos momentos mais emblemáticos de sua trajetória foi a criação do Templo da Boa Vontade, em 1989, em Brasília — o icônico monumento em forma de pirâmide que se tornou símbolo de paz, espiritualidade e união entre povos. O espaço, visitado por milhões de pessoas de diferentes crenças, sintetiza o ideal que guiou a vida de Paiva Netto: o ecumenismo sem fronteiras, onde “a fé se une à razão e o amor vence o ódio”.

Além de líder religioso e gestor humanitário, Paiva Netto foi também um comunicador visionário. No rádio, na TV e na literatura, usou a palavra como instrumento de consolo, esperança e conscientização. Autor de dezenas de livros — muitos deles best-sellers —, deixou ensinamentos que continuam inspirando gerações. Suas composições musicais, voltadas à paz e à fraternidade, ecoam hoje com ainda mais força entre admiradores e seguidores.

A cerimônia de despedida será realizada nesta quarta-feira (8), em São Paulo, em evento aberto ao público. A LBV divulgará nas próximas horas o local e os detalhes do velório, que promete reunir milhares de fiéis, admiradores, líderes religiosos e autoridades.

A morte de Paiva Netto representa o fim de uma era, mas também a continuidade de uma missão: a de servir à humanidade com amor, ética e compaixão. Seu legado permanece vivo em cada gesto de solidariedade inspirado por sua obra — um lembrete de que a verdadeira grandeza está em fazer o bem, sempre.

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