Caso Juliana Marins: ataque do Irã fecha espaço aéreo no Catar e deixa pai parado em aeroporto
LISBOA (Portugal) — Em meio à angústia de tentar reencontrar a filha acidentada em um vulcão na Indonésia, Manoel Marins Filho, pai da brasileira Juliana Marins, enfrenta agora um novo obstáculo: está retido no aeroporto de Lisboa, em Portugal, devido ao fechamento do espaço aéreo de Doha, capital do Catar, após um ataque militar do Irã.
Manoel estava a caminho da Indonésia para acompanhar de perto o resgate da filha, que sofreu um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, no último sábado (21). A jovem de 28 anos teria despencado de uma encosta durante o percurso e equipes de resgate ainda trabalham na difícil missão de resgatá-la da região montanhosa.

Conexão cancelada por crise internacional
A viagem de Manoel incluía uma conexão em Doha, de onde seguiria para a Indonésia. No entanto, com o espaço aéreo do Catar fechado após o Irã lançar um ataque contra uma base militar dos Estados Unidos no país, todos os voos com origem ou destino à capital catariana foram suspensos.
“É uma mistura de desespero e impotência. Quero chegar até minha filha, mas agora estou travado por um conflito que nada tem a ver conosco”, disse Manoel, visivelmente abalado, em entrevista concedida no aeroporto.
Acidente no Monte Rinjani
Juliana, que viajava pela Ásia em uma jornada de autoconhecimento e aventura, se acidentou em uma das trilhas mais desafiadoras do Monte Rinjani, na ilha de Lombok. O local é conhecido por sua beleza natural, mas também por apresentar terrenos íngremes e instáveis.
Ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde da jovem, mas familiares informaram que ela está viva e consciente, aguardando resgate em uma área de difícil acesso.
Fé e esperança
Mesmo diante da tensão internacional e da incerteza quanto à filha, Manoel mantém a esperança: “A fé é o que me sustenta nesse momento. Só quero abraçar minha filha e vê-la em segurança.”
O Itamaraty acompanha o caso e está em contato com as autoridades locais na Indonésia e com representantes brasileiros na Europa para tentar viabilizar uma alternativa de voo para Manoel.

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