EUA APLICAM SANÇÃO HISTÓRICA CONTRA ALEXANDRE DE MORAES COM LEI MAGNITSKY
Em um movimento inédito e polêmico, o governo de Donald Trump impôs sanções severas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, utilizando a temida Lei Magnitsky — apelidada de “pena de morte financeira”. A decisão foi oficializada nesta quarta-feira (30) pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA (OFAC).
A medida bloqueia todos os eventuais bens de Moraes em solo americano, proíbe transações com empresas e cidadãos dos EUA, e o impede até de usar cartões de crédito internacionais com bandeira americana. A justificativa? O governo norte-americano o acusa de violações graves de direitos humanos, censura e perseguição política, inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Moraes atuou como juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal”, afirmou Scott Bessent, secretário do Tesouro americano. Segundo ele, a decisão visa proteger a liberdade de expressão e os interesses dos EUA no Brasil.
TENSÃO DIPLOMÁTICA EM ALTA
A retaliação reacende o conflito diplomático entre Brasil e EUA. Autoridades brasileiras do Itamaraty, sob anonimato, classificam a ação como uma “escalada grave” e veem o gesto como um recado claro: o governo Trump não aceitará punições contra Bolsonaro.
Nos bastidores, a influência de Eduardo Bolsonaro também é apontada. Segundo o jornal The Washington Post, o deputado atuou diretamente com aliados de Trump para pressionar a aplicação da lei contra Moraes.
O QUE É A LEI MAGNITSKY?
Criada em 2012 para punir autoridades russas envolvidas na morte do advogado Sergei Magnitsky, a lei foi expandida em 2016 e hoje é usada para sancionar estrangeiros acusados de corrupção, violações de direitos humanos ou censura.
Com o respaldo dessa legislação, o nome de Moraes agora se junta à lista de alvos internacionais do governo americano — um fato sem precedentes na história recente do Brasil.
RESPOSTA DE MORAES
O ministro reagiu com firmeza:
“Deixamos de ser colônia em 1822. Estamos construindo, com coragem, uma República independente e democrática.”
A frase, citando a ministra Cármen Lúcia e o escritor Guimarães Rosa, reflete o tom de resistência da Suprema Corte brasileira diante do embate com Washington.
E AGORA?
Nos Estados Unidos, um projeto de lei chamado “Sem Censores em Nosso Território” avança na Câmara e pode proibir a entrada de qualquer estrangeiro que tente censurar americanos — recado direto ao Supremo brasileiro, segundo seus autores.
Enquanto isso, a tensão entre os dois países só cresce — com consequências imprevisíveis para o futuro das relações diplomáticas e da democracia na América Latina.
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