Fim das buscas: corpo de Rafael Santos é encontrado dentro de geladeira em matagal de Suzano

Por 26 dias, familiares e amigos de Rafael Batalha dos Santos, de 34 anos, viveram a angústia da espera. O comerciante havia desaparecido sem deixar rastros, e cada nova manhã se tornava um fio de esperança em meio ao silêncio da ausência. Na última quarta-feira (12), esse silêncio foi quebrado de forma brutal: o corpo de Rafael foi localizado dentro de uma carcaça de geladeira abandonada em um matagal, às margens da Estrada Matsuzaki, no bairro Vila Bairros, em Suzano, região metropolitana de São Paulo.

O achado macabro

A cena foi descoberta por acaso. Um homem que passava pelo terreno notou o forte odor vindo da geladeira. Ao se aproximar, percebeu que não se tratava apenas de lixo descartado. Dentro do eletrodoméstico, em avançado estado de decomposição, estava o corpo de um homem. A Polícia Militar foi acionada e confirmou o que logo se tornaria uma notícia devastadora para uma família que aguardava por notícias desde o fim de julho.

A confirmação

Na manhã seguinte, quinta-feira (13), a Polícia Civil confirmou a identidade: tratava-se de Rafael Batalha dos Santos. O reconhecimento oficial só foi possível graças à análise das digitais, já que o estado do corpo dificultava a identificação imediata. A prima da vítima também confirmou as características físicas.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Suzano, onde exames complementares vão determinar a causa da morte e verificar se Rafael sofreu agressões antes de ser colocado na geladeira.

Quem era Rafael

Natural de Cabeceiras do Piauí, no interior do Piauí, Rafael deixou sua cidade natal há cerca de cinco anos para tentar uma vida melhor em Itaquaquecetuba, também na Grande São Paulo. Conhecido por familiares e amigos como um homem trabalhador e reservado, ele mantinha laços estreitos com sua terra natal. Tanto que a notícia de sua morte mobilizou a cidade piauiense, cuja prefeitura publicou uma nota de pesar em rede social, prestando solidariedade à família.

Investigação em curso

O caso foi registrado como homicídio no Distrito Policial Central de Suzano. Até o momento, a polícia não divulgou informações sobre suspeitos ou possíveis motivações para o crime. Peritos estiveram no local do achado, recolhendo vestígios que possam ajudar a reconstruir as circunstâncias do assassinato.

A crueldade do ato — esconder um corpo em uma geladeira e abandoná-lo em um terreno ermo — reforça a complexidade da investigação. Para os familiares, porém, a dor maior é o fim das buscas, agora substituído pelo luto.

A comoção

A notícia da morte de Rafael espalhou-se rapidamente, provocando tristeza tanto em Suzano quanto em sua cidade natal. Amigos e familiares usaram as redes sociais para lamentar a perda e cobrar justiça. “Um rapaz cheio de sonhos, levado de forma tão cruel”, escreveu uma amiga próxima.

Enquanto aguardam a liberação do corpo para o velório e o sepultamento, parentes tentam reunir forças para enfrentar a despedida.

O próximo passo

As próximas semanas serão decisivas para a investigação. Caberá à polícia juntar provas, ouvir testemunhas e, sobretudo, responder à pergunta que mais aflige quem conviveu com Rafael: quem o matou e por quê?

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