“Foi um crime”: ministro da Saúde confirma adulteração criminosa com metanol em bebidas — casos se espalham pelo Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez uma declaração contundente nesta segunda-feira (6), ao confirmar que a contaminação por metanol em bebidas adulteradas no Brasil foi resultado de uma ação criminosa. O caso, que já causa pânico em diversas regiões, teve início em São Paulo e acendeu um alerta nacional sobre o consumo de bebidas de procedência duvidosa.
Durante coletiva em Brasília, Padilha descartou qualquer hipótese de acidente. “O que existiu foi um crime após o processo de produção. É uma adulteração criminosa que colocou vidas em risco”, afirmou. Segundo o ministro, as análises laboratoriais já apontam para uma manipulação intencional das bebidas, configurando um atentado contra a saúde pública.
🚑 Vítimas e sintomas alarmantes
Com dezenas de pessoas hospitalizadas, o Ministério da Saúde emitiu alerta máximo para todas as unidades de saúde do país. Pacientes com visão turva, náuseas, dores de cabeça intensas ou confusão mental devem receber tratamento imediato, mesmo antes da confirmação laboratorial.
“O metanol pode causar cegueira, danos neurológicos irreversíveis e morte em poucas horas. Cada minuto faz diferença”, reforçou o ministro.
⚠️ Governo em alerta nacional
O governo federal anunciou uma força-tarefa conjunta com o estado de São Paulo, onde estão concentrados os casos confirmados. A Unicamp passou a apoiar os testes laboratoriais e já tem capacidade para processar até 190 amostras por dia.
Além de São Paulo, casos também foram confirmados no Paraná, enquanto Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo registram suspeitas em investigação.
🍾 Crime e punições à vista
As autoridades tratam o caso como crime de adulteração dolosa, e a expectativa é de que as investigações resultem em prisões e punições severas. O Ministério da Justiça acompanha o caso, e novas operações de fiscalização devem ocorrer nos próximos dias em fábricas, distribuidoras e bares.
O governo promete ainda campanhas de conscientização para alertar consumidores sobre os riscos. Especialistas reforçam que nenhuma quantidade de metanol é segura para consumo humano — o produto é usado em combustíveis e solventes industriais.
“Estamos diante de um crime que ameaça vidas, e nossa prioridade é evitar novas tragédias”, concluiu Padilha.
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