HORROR EM ITABIRA: JOVEM É PRESO POR ABUSO DE CRIANÇAS E ZOOFILIA

Investigações revelam crimes chocantes contra familiares e animais; Polícia acredita que novas vítimas podem ser identificadas

Itabira, Minas Gerais – Uma investigação policial que começou de forma silenciosa na internet resultou, nesta quinta-feira (14), em uma prisão que chocou a população da cidade e levantou um alerta sobre os perigos escondidos no mundo digital. Um jovem de 18 anos foi detido pela Polícia Civil de Minas Gerais sob suspeita de ter cometido crimes de abuso sexual contra crianças de sua própria família, além de zoofilia, registrada em vídeo.

O caso, descrito pelas autoridades como “extremamente grave e perturbador”, envolve ao menos duas crianças de apenas 7 anos — o irmão e a prima do suspeito — e um bebê cuja identidade ainda não foi confirmada. As imagens apreendidas pela polícia revelam abusos que, segundo investigadores, ocorreram em ambiente doméstico, longe dos olhos de vizinhos e conhecidos.

INVESTIGAÇÃO COMEÇOU NA INTERNET

De acordo com a delegada Cristiana Angelini, titular da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Cibernéticos, a apuração teve início em julho, após monitoramento realizado pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“A internet não é terra sem lei. Não é porque o material está no celular que isso não terá consequências”, enfatizou a delegada, ressaltando que o rastreamento digital foi fundamental para identificar o suspeito.

A análise preliminar dos dispositivos apreendidos — entre eles celulares e um computador — já confirmou a presença de grande quantidade de material de abuso sexual infantil, além de registros de zoofilia. Em um dos vídeos, o jovem aparece mantendo relação sexual com um cachorro.

O HORROR DENTRO DE CASA

O fato de as vítimas serem do próprio núcleo familiar aumenta a gravidade do caso. Especialistas em crimes sexuais apontam que o abuso intrafamiliar é ainda mais difícil de ser identificado, já que as crianças estão sob a confiança e autoridade do agressor, tornando o silêncio das vítimas quase inevitável.

A polícia acredita que possa haver mais vítimas, uma vez que outros menores de idade também conviviam com o suspeito. A perícia nos aparelhos eletrônicos segue em andamento, e novas denúncias não estão descartadas.

CRIME E PUNIÇÃO

Produzir, armazenar e compartilhar material de abuso sexual infantil é crime previsto no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que podem ultrapassar 10 anos de prisão, especialmente quando envolvem agravantes como parentesco e violência física. No caso da zoofilia, enquadrada como maus-tratos a animais, a Lei Sansão prevê punição com reclusão e multa.

ALERTA À SOCIEDADE

A Delegacia Especializada reforçou que a participação da sociedade é essencial no combate a esse tipo de crime. “Denúncias anônimas podem salvar vidas. Ao menor sinal de comportamento suspeito, procure as autoridades”, concluiu Angelini.

O jovem permanece detido e, segundo fontes ligadas à investigação, deve passar por audiência de custódia nos próximos dias. O caso mobiliza entidades de proteção à infância e reacende a discussão sobre a segurança das crianças no ambiente familiar e online.