Horror em São Roque: jovem de 18 anos mata e mutila o próprio irmão de 5 anos em ato macabro

Um crime chocante e inimaginável abalou a cidade de São Roque, em São Paulo, no dia 4 de abril de 2019. Karina Aparecida da Silva, de apenas 18 anos, foi acusada de matar e mutilar o próprio irmão, Maycon Aparecido da Silva Roque, de 5 anos, em um episódio que deixou vizinhos, familiares e autoridades em estado de choque.

Segundo relatos da polícia e da mãe da vítima, Daniela Cordeiro da Silva, de 39 anos, Karina estava cuidando do irmão enquanto a mãe se ausentava para ir ao mercado. Ao retornar para casa, Daniela se deparou com uma cena aterradora: o filho estava morto, com cortes profundos no pescoço, os olhos perfurados, pulsos e pés queimados, e o órgão genital mutilado. Em meio ao horror, Karina tentou fugir, mas foi contida pelo tio, que se feriu ao impedir a fuga da jovem.

Em depoimento à polícia, Karina detalhou com frieza macabra o que havia feito: asfixiou Maycon com um travesseiro, perfurou seus olhos com um canivete e mutilou o órgão genital, chegando a admitir que chegou a ingerir parte dele. Materiais apreendidos na casa, como um cartão de memória e um celular queimado, estão sendo analisados para determinar se o crime foi influenciado por práticas de magia ou satanismo, já que a jovem realizou buscas na internet por termos como “Lúcifer”, “demônio da pornografia” e “pentagrama associado à magia” nos dias que antecederam o crime.

O corpo do pequeno Maycon foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba, onde a necropsia confirmou que ele ainda estava vivo no momento das lesões mais graves e que morreu por asfixia. O velório emocionou toda a comunidade, com familiares e vizinhos em choque diante da brutalidade do crime.

O Ministério Público denunciou Karina por homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra seu tio, ocultação de cadáver e maus-tratos, incluindo agressão ao cachorro da família. Durante a audiência de custódia, o defensor público permaneceu em silêncio, e a Justiça determinou que a jovem permanecesse presa na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, em cela isolada.

O caso ganhou contornos ainda mais complexos quando o laudo pericial, realizado em 13 de fevereiro de 2020, apontou que Karina sofre de esquizofrenia. Por isso, há grande possibilidade de que seja considerada inimputável, o que significa que a Justiça não poderá puni-la criminalmente de acordo com a legislação, aplicando apenas medidas de segurança, como internação em unidade psiquiátrica.

Vizinhos relataram que gritos de desespero foram ouvidos vindos da casa na semana do crime, enquanto familiares afirmam que Karina havia apresentado mudanças de comportamento. A mãe, ainda devastada, disse: “Eu tenho dó, é minha filha, mas tem que pagar. Nunca ensinei nada errado a ela”.

O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, que investigam se houve influência externa e se a jovem fazia parte de algum grupo que praticasse rituais de magia ou cultos macabros. Até o momento, não há novas informações sobre possíveis desdobramentos do processo ou medidas aplicadas à ré.

Este crime brutal permanece como um alerta sobre os perigos de distúrbios mentais graves não tratados e os efeitos devastadores que podem ter sobre famílias inteiras.