Motorista de app revelou medo de dirigir atrás de caminhões minutos antes de morrer atingido por peça solta; família relata momento trágico
A morte do motorista de aplicativo Eder Lopes Rosa, de 39 anos, provocou profunda comoção em Goiás. O acidente aconteceu na BR-153, em Goiânia, e chocou pela brutalidade — e pela coincidência angustiante vivida instantes antes da tragédia.
Segundo a família, que recebeu o relato direto da passageira que estava no carro, Eder havia comentado que tinha receio de dirigir atrás de caminhões, chegando a mudar de faixa para evitá-los. Contudo, o veículo pesado acabou retornando para a frente do carro pouco antes do impacto fatal.
No quilômetro 493, sentido Anápolis, uma peça conhecida como campana de roda, parte do sistema de freios do caminhão, se desprendeu com força e atingiu o para-brisa do carro de Eder. A peça atravessou o vidro e acertou violentamente o rosto do motorista, que morreu na hora.
A passageira, sentada no banco traseiro, agiu por instinto: conseguiu segurar o volante e jogou o carro para o canteiro, evitando que outras pessoas fossem atingidas ou que o veículo colidisse com mais força.
A Polícia Científica confirmou que Eder sofreu um trauma severo na cabeça. O caminhoneiro responsável não foi identificado, já que o veículo não parou após o acidente. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
Uma vida interrompida no caminho do sonho
Eder morava com a avó em Goiânia para facilitar o trabalho como motorista de app, mas mantinha a família — esposa e filhos — em Anápolis, cidade que visitava sempre que conseguia corridas na região. Ele alimentava o sonho de se tornar caminhoneiro.
A missa de sétimo dia, realizada na Paróquia Bom Jesus, reuniu familiares, amigos e colegas de profissão, todos abalados pela tragédia.
Tragédia expõe falhas graves na manutenção de veículos pesados
Casos como o de Eder são raros, mas extremamente letais. O desprendimento da campana de roda normalmente está ligado à má manutenção. Especialistas defendem que tragédias assim poderiam ser evitadas com inspeções técnicas mais rigorosas e fiscalização constante nas rodovias.
A morte do motorista reacende o alerta sobre os riscos enfrentados diariamente por quem trafega ao lado de caminhões e reforça a importância da manutenção adequada de veículos pesados.
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