Mulher de 30 anos morre em clínica durante procedimento comum: família exige respostas

Uma tragédia abalou São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (9). A auxiliar administrativa Amanda da Silva Barros, de apenas 30 anos, faleceu durante a implantação de um balão gástrico em uma clínica particular chamada Endoscorpos.

O caso levantou questionamentos sobre a segurança do procedimento, a estrutura do estabelecimento e os protocolos adotados pelos médicos.


Os últimos momentos de Amanda

Segundo familiares, Amanda era uma jovem saudável, sem histórico clínico preocupante. Casada e mãe de três meninas pequenas, ela buscava no balão gástrico uma alternativa para melhorar sua qualidade de vida.

No dia da cirurgia, compareceu à clínica acompanhada do marido, que esteve ao seu lado até a fase de pagamento e preparação. Pouco tempo depois, a notícia devastadora: Amanda não resistiu ao procedimento e faleceu ainda na mesa de cirurgia.

“Ninguém esperava isso. Ela estava feliz, confiante, queria apenas cuidar da saúde. Agora estamos sem chão”, disse uma prima, emocionada.


O corpo e a perícia

Após o óbito, o corpo de Amanda foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Tribobó, também em São Gonçalo. A família aguarda o resultado da perícia para entender a causa da morte e, principalmente, se houve falha médica ou negligência da clínica.


O procedimento em debate

O balão gástrico é considerado um procedimento relativamente seguro, indicado como tratamento contra obesidade, mas que não envolve cortes ou cirurgia invasiva. Ele consiste na introdução de um balão de silicone preenchido com soro fisiológico dentro do estômago, reduzindo a capacidade de ingestão de alimentos.

Apesar de amplamente utilizado, especialistas alertam que a prática deve ser realizada em condições hospitalares adequadas, com equipe treinada e equipamentos de suporte em caso de complicações.


Comoção e indignação

A notícia da morte inesperada se espalhou rapidamente entre amigos e moradores de São Gonçalo. Nas redes sociais, mensagens de luto se multiplicaram, muitas delas acompanhadas de questionamentos sobre a segurança de procedimentos estéticos e bariátricos realizados em clínicas particulares.

“A Amanda era cheia de vida, uma mãe dedicada. Não é justo uma família perder alguém tão jovem dessa forma”, desabafou uma amiga de infância.


Próximos passos

Até o momento, a clínica Endoscorpos não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A expectativa é de que a investigação do IML e possíveis inquéritos policiais possam esclarecer se houve erro médico, negligência ou complicação inesperada.

Enquanto isso, a família de Amanda enfrenta não apenas o luto, mas também a dura realidade de criar três meninas sem a presença da mãe.

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