Testemunha do caso de mutilação de cavalo em Bananal se pronuncia: “Fiquei sem reação”

O interior de São Paulo foi palco, no último sábado (16), de uma cena que chocou o país e gerou uma onda de indignação nas redes sociais. Um cavalo branco, exausto após uma cavalgada na zona rural de Bananal, foi mutilado com um facão por seu próprio tutor, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, e morreu no local.

Nesta segunda-feira (19), Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, que acompanhava Andrey durante o passeio, usou suas redes sociais para se defender. Ele afirmou não ter impedido a mutilação do animal porque ficou “sem reação” diante do ocorrido.

“Eu fiquei sem reação na hora, não soube o que fazer”, declarou Dalton, que já prestou depoimento à Polícia Civil como testemunha. Ele explicou que começou a gravar o cavalo apenas para mostrar que o animal havia caído, sem imaginar que o amigo cometeria um ato tão cruel. “Ele só pediu para gravar o vídeo para o pai dele, mas depois fez isso sem necessidade nenhuma. Eu fiquei sem reação”, afirmou em sua publicação.

Segundo o boletim de ocorrência, o cavalo teria se cansado durante a cavalgada, deitou no chão e parou de respirar. Andrey, ao perceber a situação, teria retirado um facão e cortado as patas do animal. Tanto Dalton quanto Andrey alegam que o cavalo já estava morto no momento da mutilação, mas a investigação segue em andamento para esclarecer todas as circunstâncias.

Repercussão e indignação nacional

As imagens, que circularam rapidamente pelas redes sociais, provocaram revolta imediata. Celebridades e ativistas se manifestaram pedindo punição exemplar.

A cantora Ana Castela, conhecida pelo amor aos cavalos, classificou o ato como covarde e conclamou a população a não deixar o caso impune.
A ativista Luísa Mell, referência nacional na defesa dos animais, chamou os envolvidos de “monstros” e exigiu medidas legais severas.
A atriz Paolla Oliveira compartilhou o posicionamento de Luísa Mell, reforçando a solidariedade ao caso e cobrando justiça.

Investigação e medidas oficiais

A Polícia Civil registrou o caso como maus-tratos com agravante pela morte do animal. Até o momento, ninguém foi preso. A Prefeitura de Bananal emitiu nota oficial repudiando o ato e garantindo apoio às autoridades na apuração:

“Encaminhamos o caso imediatamente à Delegacia de Polícia e à Polícia Ambiental para identificação e punição dos responsáveis. A Prefeitura repudia qualquer ato de crueldade contra os animais e reforça o compromisso de trabalhar para que casos como este não fiquem impunes.”

Enquanto a investigação segue, o episódio permanece como um alerta sobre a importância da fiscalização e do respeito aos animais, mostrando como a impunidade ainda é temida por quem busca justiça para casos de crueldade.

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