Tragédia em Ilhéus: três mulheres saem para passear com cachorro e são encontradas mortas
O que deveria ser apenas um passeio de fim de tarde à beira-mar se transformou em uma tragédia que abalou profundamente a cidade de Ilhéus, no sul da Bahia. No último sábado (16), moradores e turistas receberam, com choque e incredulidade, a confirmação da morte de três mulheres que estavam desaparecidas desde a tarde de sexta-feira (15).
Os corpos de Alexsandra Oliveira Suzart, 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, e Mariana Bastos da Silva, 20, foram encontrados em uma área de vegetação próxima à Praia dos Milionários, um dos cartões-postais mais visitados da região.
O passeio que terminou em tragédia
De acordo com relatos de familiares, Alexsandra e Maria Helena, que eram vizinhas e atuavam como professoras da rede municipal de ensino, decidiram sair juntas para uma caminhada de rotina. Acompanhadas de Mariana, filha de Maria Helena, levaram também o cachorro da família.
Câmeras de segurança chegaram a registrar o grupo caminhando pela faixa de areia, tranquilas, sem qualquer sinal de perigo iminente. Foi a última vez que elas foram vistas com vida.
Horas depois, a ausência de contato levantou a preocupação dos familiares. O sumiço inesperado mobilizou buscas na região, que só terminaram no dia seguinte, de forma trágica.
O cenário encontrado
As três mulheres foram localizadas mortas em meio à vegetação costeira. O cachorro estava vivo, amarrado a um coqueiro, ao lado das vítimas. Segundo a polícia, os corpos apresentavam marcas de facadas, indicando que elas foram vítimas de um ataque brutal.
A cena reforça a brutalidade do crime e deixou policiais experientes abalados. A motivação ainda é um mistério. Nenhum suspeito havia sido identificado ou preso até a última atualização do caso.
Investigações em andamento
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil trabalham intensamente para reunir provas e esclarecer a autoria. Imagens de câmeras instaladas em trechos próximos à praia estão sendo analisadas, enquanto testemunhas devem prestar depoimento nos próximos dias.
A Polícia Civil informou que todas as linhas de investigação estão em aberto, sem descartar nenhuma hipótese. O caso ganhou repercussão nacional e deve mobilizar reforços na apuração.
Comoção em Ilhéus
A notícia da morte de Alexsandra, Maria Helena e Mariana provocou uma onda de tristeza e revolta. Em escolas municipais, colegas e alunos das professoras organizaram homenagens e lembraram da dedicação e carinho que ambas tinham pelo ensino.
Mariana, de apenas 20 anos, era vista como uma jovem promissora, no início da vida adulta. Sua morte precoce simboliza o corte abrupto de sonhos e planos interrompidos.
Nas redes sociais, amigos e moradores de Ilhéus expressaram indignação com a insegurança em áreas públicas e pediram justiça. O crime também levantou debate sobre a vulnerabilidade de mulheres em espaços que, até então, eram vistos como seguros.
Espera por respostas
Enquanto a investigação segue, a cidade vive dias de luto. A brutalidade do crime expôs uma ferida coletiva e trouxe à tona o medo que paira sobre moradores e turistas.
A Prefeitura de Ilhéus decretou luto oficial e reforçou o compromisso de acompanhar de perto a apuração.
A comunidade, no entanto, exige mais que solidariedade: pede respostas rápidas, justiça e medidas que devolvam a sensação de segurança em um dos destinos turísticos mais importantes da Bahia.
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