Tragédia na Baixada: filha do cantor Cé… é morta a tiros durante ação da PRF e deixa família em choque

Uma sequência de acontecimentos que parecia um dia comum transformou-se em um pesadelo sem precedentes para a família do cantor Cé… na tarde desta terça-feira. Heloisa, filha da artista, de apenas 10 anos, foi atingida a tiros e morreu durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, deixando amigos, familiares e fãs em estado de choque.

Segundo relatos de familiares, a menina estava em um carro com os pais, uma irmã de oito anos e uma tia, voltando para casa em Petrópolis, na Região Serrana, quando uma viatura da PRF começou a seguir o veículo, na altura de Seropédica. Os policiais abriram fogo após o pai da criança, William Silva, ter dado sinal de parada, mas a situação rapidamente se transformou em tragédia.

A menina foi atingida por vários disparos, sendo dois fatais: um no ombro e outro na nuca, que se fragmentou, conforme o atendimento médico. Ela foi levada em estado gravíssimo para a UTI do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos, deixando a família devastada.

O impacto emocional da morte de Heloisa ecoou rapidamente nas redes sociais, com fãs e amigos compartilhando mensagens de solidariedade e indignação. A dor da perda é ainda maior diante das circunstâncias: segundo testemunhas e familiares, não houve qualquer barulho de tiro antes do disparo, contrariando a versão do policial Fabiano Menacho Ferreira, que admitiu ter atirado alegando ouvir tiros.

A PRF afastou os três agentes envolvidos e apreendeu a arma utilizada nos disparos. Além disso, o procurador à frente das investigações, Eduardo Benones, solicitou que todo o arsenal da equipe seja recolhido e enviado à perícia da Polícia Federal, enquanto o Ministério Público Federal e a Corregedoria-Geral da PRF investigam o caso em detalhes.

Em um episódio ainda mais inquietante, um policial identificado como Milton entrou à paisana na UTI onde Heloisa estava internada, sem autorização da equipe médica ou da segurança do hospital. Segundo a PRF, a ação foi autônoma e não comunicada a nenhuma instância de gestão, gerando questionamentos sobre a conduta da corporação.

Infelizmente, o caso não é isolado. Heloisa é a segunda vítima fatal em ações da PRF do Rio em apenas dois meses. Em julho, Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, também foi baleada em Duque de Caxias durante operação policial, resultando no afastamento de um agente da PRF.

A morte de Heloisa deixa um vácuo de dor e indignação: uma criança inocente, filha de um artista querido, perdida de maneira trágica e inesperada, enquanto investigações tentam esclarecer como uma ação que deveria proteger a população resultou em morte e medo.

“É impossível acreditar que isso aconteceu com minha filha. Nenhuma família deveria passar por algo assim. Queremos justiça e que os responsáveis sejam punidos”, desabafou William Silva, pai de Heloisa.

O caso continua em investigação, envolvendo MPF, Polícia Federal, Corregedoria da PRF e perícia, e promete gerar novas repercussões sobre a atuação da corporação e os protocolos de segurança em operações policiais que envolvem civis.

Share this content: