[VÍDEO] Policial penal atira em entregador no Rio após recusa de subir em apartamento
Um episódio de violência absurda marcou a noite de sexta-feira (29) em Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio de Janeiro. O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini sacou a arma e atirou contra o entregador do iFood, Valério Souza Junior, apenas porque o trabalhador se recusou a subir até o apartamento para entregar o pedido.
O disparo atingiu o pé do entregador, que foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e segue em estado estável.
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📹 O vídeo da covardia
Nas imagens gravadas pelo próprio motoboy e divulgadas nas redes sociais, Ferrarini aparece visivelmente alterado, com a arma em punho. Em tom ameaçador, o policial penal afirma:
“Você não subir é uma parada”.
Instantes depois, dispara contra Valério, que, atônito, questiona:
“Que isso, cara?”.
O agente responde com agressividade:
“Que isso é o c****, bora, me dá minha parada. P****, tá me filmando por quê?”.
Ferido, o entregador clama por ajuda a um vizinho:
“Me ajuda aqui, Tião! Me ajuda, aqui. Ele me deu um tiro, Tião. Chega aí, sou eu, o Valério. Ele me deu um tiro porque eu não subi”.
⚖️ Reação e investigações
- A 32ª DP (Taquara) abriu inquérito e apreendeu a arma do policial penal para perícia.
- A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) confirmou que Ferrarini é servidor da ativa, mas afirmou em nota que “não compactua com esse tipo de conduta abominante”.
- O entregador passou por exame de corpo de delito, e testemunhas já estão sendo ouvidas.
💬 O desabafo do trabalhador
Horas após o crime, Valério se manifestou nas redes sociais:
“Infelizmente estamos acostumados a ver isso apenas em televisão. Até acontecer com nós mesmos. Que a justiça seja feita!!”.
🚴 Protesto nas ruas
A revolta da categoria foi imediata. No sábado (30), dezenas de entregadores se reuniram em frente ao condomínio onde ocorreu o disparo, em protesto contra a violência sofrida pelo colega.
📢 Posição do iFood
Em nota, a empresa repudiou o ataque e reforçou sua campanha “Bora Descer”, lançada em 2024 no Rio, que incentiva clientes a retirarem os pedidos na portaria em respeito aos entregadores.
A plataforma também informou que Valério terá acesso à assistência jurídica e psicológica gratuita, em parceria com a organização Black Sisters in Law.
👉 O caso levanta debates urgentes sobre abuso de autoridade, violência armada e desrespeito aos trabalhadores de aplicativos, que diariamente enfrentam riscos para garantir o sustento de suas famílias.
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