William Bonner deixa o Jornal Nacional após quase 30 anos e Globo confirma substituto: “Fim de uma era”
A TV Globo surpreendeu os telespectadores nesta segunda-feira (1º) ao anunciar oficialmente a saída de William Bonner da bancada do Jornal Nacional. Após quase três décadas ininterruptas como âncora e editor-chefe do principal telejornal do país, o jornalista inicia agora uma nova etapa de sua carreira.
A decisão foi revelada justamente no dia em que o Jornal Nacional completou 56 anos de exibição, reforçando o caráter histórico da mudança.
Quem assume o lugar de Bonner
Com a saída do apresentador, a Globo confirmou que César Tralli, atualmente no comando do Jornal Hoje, será o novo titular da bancada ao lado de Renata Vasconcellos. Conhecido pelo estilo sereno e firme, Tralli já é apontado como uma escolha natural para dar continuidade ao legado de credibilidade do JN.
“É um desafio enorme, mas também uma honra sem tamanho. O JN faz parte da vida do brasileiro, e agora terei a responsabilidade de escrever esse novo capítulo junto com a Renata”, declarou o jornalista.

A dança das cadeiras no jornalismo da Globo
A saída de Bonner desencadeou uma série de movimentações internas. O posto de Tralli no Jornal Hoje será ocupado por Roberto Kovalick, enquanto Tiago Scheuer foi escalado para assumir o Hora Um, nas primeiras horas da manhã.
Já a função de editor-chefe do JN, também acumulada por Bonner desde 1999, ficará a cargo de Cristiana Souza Cruz, profissional com longa trajetória nos bastidores do jornalismo da emissora.
Bonner se despede e anuncia novo desafio
William Bonner permanecerá na bancada até o dia 3 de novembro. Depois disso, o jornalista passará a comandar o Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg, marcando sua estreia no programa que é referência em reportagens especiais.
Em entrevista, Bonner afirmou que a mudança foi fruto de um processo de reflexão que durou anos:
“Esse desejo vinha sendo maturado há bastante tempo. Senti que era hora de reduzir a intensidade da rotina diária do JN e me abrir para um novo desafio. Estou feliz por poder me juntar a uma equipe tão respeitada quanto a do Globo Repórter, e especialmente ao lado da Sandra, que é uma grande amiga e profissional admirável.”
O apresentador também fez questão de elogiar a escolha de César Tralli como seu sucessor:
“O jornal ficará em ótimas mãos. Tralli tem talento, seriedade e compromisso com a notícia.”
Uma era que chega ao fim
Bonner estreou no JN em 1º de abril de 1996, dividindo a bancada com Lillian Witte Fibe. Desde então, foram 29 anos ininterruptos à frente do noticiário, superando inclusive o recorde de Cid Moreira, que comandou o telejornal por 27 anos.
Ao longo desse período, o jornalista se tornou não apenas um rosto da credibilidade jornalística, mas também um símbolo da televisão brasileira. Seu tom de voz, suas análises sóbrias e sua postura firme em momentos históricos marcaram gerações de telespectadores.
Expectativa do público
A notícia gerou grande repercussão nas redes sociais, com milhares de internautas se dividindo entre a emoção pela despedida e a curiosidade pela nova fase do telejornal. Muitos lembraram momentos icônicos de Bonner no comando da bancada e destacaram que sua saída marca “o fim de uma era no jornalismo da TV brasileira”.
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