Identificadas as duas irmãs que foram executadas a tiros em SC; possível motivação vem à tona

Uma tragédia abalou a cidade de Campos Novos, no Meio-Oeste catarinense, onde duas irmãs idosas foram mortas a tiros em um possível conflito de terras. Vera Beatriz Lopes, de 72 anos, e Vilma Albertina Andrade Lopes, de 71, foram brutalmente assassinadas na tarde de sexta-feira (data não informada), por volta das 15h, enquanto tentavam reivindicar o direito à posse de um terreno onde ocorria uma obra elétrica.

De acordo com informações da polícia, as irmãs estavam questionando a atuação de uma equipe terceirizada no local, quando três homens armados, que haviam saído do terreno anteriormente, retornaram e dispararam diversas vezes contra elas. As vítimas não tiveram qualquer chance de defesa.

O crime, ocorrido nas proximidades de uma subestação da Celesc e da universidade Unoesc, ainda deixou um trabalhador ferido, atingido na perna. Os autores dos disparos fugiram do local sem prestar socorro, e permanecem foragidos. A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Campos Novos conduz o inquérito, tratando o caso como duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

O delegado regional Adriano Almeida confirmou que a principal linha de investigação considera uma disputa antiga pela posse da área onde a obra era realizada. Os suspeitos têm idades entre 30 e 70 anos, mas nenhuma prisão foi efetuada até o momento.

Enquanto isso, os corpos das vítimas seguem sob custódia da Polícia Científica e ainda não há previsão de liberação para os funerais. A tragédia gerou grande comoção na cidade e expôs, mais uma vez, as consequências trágicas das disputas fundiárias no Brasil, onde a violência, por vezes, suplanta a mediação judicial e o diálogo.

Moradores e organizações locais cobraram respostas rápidas e justiça, temendo que o caso se torne apenas mais um número nas estatísticas de conflitos agrários que assolam o país, especialmente em áreas rurais ou em processo de urbanização desordenada.

Este crime, que envolve duas mulheres idosas, indefesas, reacende o debate sobre a ausência de mecanismos eficazes de resolução de conflitos fundiários, e a fragilidade do aparato público na prevenção da violência ligada à terra.

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