Tragédia no IP3: choque frontal deixa um morto e dezenas de feridos em Tondela
A tarde desta quarta-feira transformou-se em um cenário de caos e desespero na zona de Tondela, no IP3. Um choque frontal entre um autocarro da Rede Expressos e um veículo ligeiro trouxe à tona, mais uma vez, os riscos que rondam as estradas nacionais. A colisão ceifou a vida de um imigrante de 54 anos, ocupante do carro, e deixou 30 passageiros do autocarro com ferimentos ligeiros, espalhando choque e medo entre aqueles que seguiam viagem de Coimbra para Viseu.
O acidente aconteceu próximo do quilómetro 107, debaixo do viaduto da Póvoa do Arcediago, no sentido Sul-Norte. Testemunhas descrevem cenas de pânico: passageiros atônitos, feridos sendo amparados por outros passageiros e pelo socorro que chegou rapidamente ao local. Uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Tondela também esteve presente, mas não havia ocupantes feridos no veículo de socorro.
O impacto foi tão violento que a circulação precisou ser interrompida em ambos os sentidos, obrigando motoristas a recorrer à Estrada Nacional 2. A confusão no trânsito se somou à angústia das famílias e à correria das autoridades para controlar a situação. Ao todo, 45 operacionais, 22 viaturas e um helicóptero foram mobilizados para atender a emergência e garantir que todos os feridos recebessem atendimento imediato.
A morte do imigrante, de apenas 54 anos, é um lembrete sombrio da fragilidade da vida nas estradas. Entre os passageiros do autocarro, havia desde estudantes a trabalhadores que retornavam para casa, todos testemunhas de um instante em que a rotina cotidiana se transformou em tragédia.
Enquanto os corpos dos feridos eram atendidos e encaminhados para unidades de saúde, a Polícia e a GNR iniciaram a investigação para apurar as causas do acidente, ouvindo testemunhas e analisando o cenário deixado pela colisão. A força do impacto e a localização sob o viaduto indicam que detalhes minuciosos serão cruciais para entender o que provocou o desastre.
Em Tondela, o episódio deixou marcas profundas. Para muitos, a imagem de um autocarro parado na estrada, passageiros assustados e o veículo ligeiro irreconhecível é uma lembrança vívida da vulnerabilidade que cada viagem traz. Mais do que números ou estatísticas, cada vítima e cada ferido representa histórias interrompidas e famílias em espera por notícias.
O acidente do IP3 não é apenas mais um registro de colisão nas estradas portuguesas; é um alerta silencioso sobre a necessidade de segurança viária, atenção redobrada e a consciência de que, em questão de segundos, a vida pode mudar radicalmente. Enquanto as autoridades seguem trabalhando, a comunidade de Tondela e os passageiros sobreviventes carregam consigo a memória de um dia que começou como qualquer outro e terminou em tragédia.

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