Entre perdas e fé: o luto de Nadja Haddad após a morte da mãe, um ano depois de perder o filho
O tempo parecia já ter imposto a Nadja Haddad um de seus capítulos mais dolorosos quando, em maio de 2024, a apresentadora do Bake Off Brasil viveu a experiência devastadora de perder um filho recém-nascido. Agora, pouco mais de um ano depois, a vida volta a golpeá-la com força. Nesta quarta-feira (20), Nadja anunciou, em meio a lágrimas e homenagens, a morte de sua mãe, Maria Auxiliadora Haddad, em Cajamar, no interior de São Paulo.
Para o público que a acompanha na televisão, Nadja sempre se mostrou uma mulher firme, doce e resiliente. Mas por trás das câmeras, o enredo é marcado por dores profundas e por uma fé que se tornou sua tábua de salvação. Ao anunciar a partida da mãe, ela escolheu palavras carregadas de ternura e de reverência:
“Hoje me despeço da minha maior referência de amor, fé e força: minha mãe, Maria Auxiliadora Haddad. Foram anos aprendendo com sua coragem, ternura e sua forma única de ensinar que TUDO é possível quando caminhamos com Deus ao nosso lado”, escreveu em suas redes sociais.
Um ciclo de perdas
A morte de Maria Auxiliadora não se trata apenas do luto natural da filha que perde a mãe; é também a reabertura de uma ferida recente. Em maio do ano passado, Nadja deu à luz gêmeos prematuros. Apesar dos esforços médicos, um deles, o pequeno Antônio, sobreviveu apenas 17 dias. A perda transformou o cotidiano da apresentadora e a fez compartilhar com o público não apenas sua dor, mas também a luta diária para ressignificá-la.
Agora, com a partida da mãe, Nadja revisita essa dor. Nos Stories do Instagram, ela publicou uma imagem simbólica: Maria Auxiliadora no céu, cercada por familiares já falecidos, e ao lado do neto Antônio, representado como um anjo. A cena, que mistura religiosidade e afeto, tocou profundamente fãs e colegas de profissão, que enviaram uma onda de mensagens de apoio e solidariedade.
Força para seguir
Apesar do peso do luto, Nadja insiste em enxergar a travessia como uma oportunidade de reafirmar os ensinamentos que recebeu da mãe. Ao lado do marido e do pequeno José, hoje com pouco mais de um ano, ela promete honrar a memória de Maria Auxiliadora transmitindo à nova geração a mesma fé e coragem que recebeu como herança.
“Minha mãe me ensinou a nunca desistir e a ter fé mesmo nos momentos mais difíceis. É isso que vou carregar e passar ao meu filho”, declarou.
A dimensão pública e íntima da dor
O caso de Nadja Haddad reflete o paradoxo da vida pública: a apresentadora, conhecida pelo carisma e pela doçura com que conduz um dos realities de maior sucesso da TV brasileira, vê sua intimidade atravessada por perdas que também mobilizam o público. Seus seguidores não são apenas expectadores, mas testemunhas de um processo humano de dor, fé e reconstrução.
Assim, o luto de Nadja se desenha como uma narrativa de continuidade: entre a despedida de um filho e a de uma mãe, entre a fé que sustenta e a esperança de reencontros, entre a dor que paralisa e a força que insiste em mover.
Hoje, enquanto se despede da mãe, Nadja Haddad reafirma a convicção de que a vida, apesar dos seus silêncios cruéis, pode ser enfrentada com coragem, porque — como repetia Maria Auxiliadora — “tudo é possível quando se caminha com Deus”.
Share this content: