Morre Pedro Farah, ícone do humor brasileiro e ator de “Os Trapalhões”

O Brasil se despede de Pedro Farah, ator e humorista que marcou gerações com sua irreverência e talento. Conhecido pelo apelido carinhoso de “Tio Pedro”, ele faleceu na última quinta-feira, dia 4 de setembro, aos 95 anos, deixando um legado de mais de 70 anos dedicados à arte e à televisão.


A despedida de um veterano

Segundo relato da filha, Ivete Farah, o ator passou mal em sua residência na Zona Sul do Rio de Janeiro, sofrendo uma queda de pressão. Ao dar entrada no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, ele sofreu um infarto fulminante e não resistiu.

“Ele vivia bem, tinha lucidez e muita vontade de viver”, afirmou Ivete, ressaltando que, mesmo enfrentando uma leucemia crônica, Pedro Farah seguia ativo, participando de projetos cinematográficos recentes, incluindo o longa-metragem “Os Farofeiros 2”, em 2024, e outro filme que ainda não havia estreado.


Uma carreira que atravessou gerações

Pedro Farah iniciou sua trajetória artística no teatro em 1954, com a peça “A Revolta dos Brinquedos”, e dois anos depois estreou na televisão com o Teatro do Rio, interpretando o Tenente Porfírio.

O grande reconhecimento nacional veio com “Planeta dos Homens”, entre 1976 e 1982, onde interpretou o icônico copeiro apelidado de “múmia paralítica”. Na década seguinte, participou de “Os Trapalhões”, consolidando seu nome como referência no humor brasileiro.

Além da televisão, Farah atuou em mais de 30 novelas, incluindo produções de sucesso da TV Globo, como “Que Rei Sou Eu?”, “Paraíso Tropical”, “Cordel Encantado” e “Êta Mundo Bom”. No cinema, também se destacou em filmes como “Minha Vida em Marte” e o citado “Os Farofeiros 2”.


Reconhecimento e legado

O ator era reconhecido por colegas de profissão e fãs por sua dedicação, profissionalismo e carisma. Mais do que um coadjuvante, Pedro Farah tornou-se parte da memória afetiva da televisão brasileira, deixando uma marca indelével no humor e na cultura popular.

O corpo do ator foi velado e cremado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, no último sábado (6). Nas redes sociais, artistas e admiradores prestaram homenagens, lembrando a vitalidade, a alegria e o talento de um artista que encantou plateias por décadas.


Uma lição de vida

Mesmo nos últimos anos, Pedro Farah mostrou que a paixão pela arte não tem idade. Sua vida é um exemplo de dedicação, resiliência e amor pelo que fazia. Enquanto o Brasil lamenta sua partida, seu legado permanece vivo nas risadas, nas novelas e nos filmes que eternizam seu talento.

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