URGENTE: Após voto de Cármen Lúcia, julgamento de Bolsonaro entra em fase decisiva no STF
Nesta quinta-feira, 11 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da ação penal que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A sessão, acompanhada de perto por parlamentares, juristas e pela imprensa nacional e internacional, pode representar um divisor de águas na história política recente do Brasil.
O cerne da acusação
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Bolsonaro e seus aliados integraram uma organização criminosa armada com o objetivo de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.
Entre os crimes atribuídos estão:
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado ao patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023.
Segundo a acusação, Bolsonaro teria atuado não apenas como incentivador, mas também como líder estratégico do movimento que culminou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

O voto de Cármen Lúcia
Durante a sessão, a ministra Cármen Lúcia apresentou voto contundente. Ela reforçou a necessidade de preservar a democracia brasileira e destacou que os fatos narrados na denúncia configuram, em tese, grave ameaça às instituições.
Segundo a ministra, não se trata apenas de atos isolados de vandalismo, mas de uma tentativa organizada de subverter o processo eleitoral legítimo. Sua manifestação foi interpretada por analistas como um endurecimento da posição da Corte contra ações que atentem contra o Estado Democrático.
Divergências no plenário
Apesar do peso do voto de Cármen Lúcia, o julgamento tem se mostrado dividido. Enquanto ministros como Alexandre de Moraes e Flávio Dino já sinalizaram posições firmes pela condenação, outros, como Luiz Fux, apontaram questões processuais, defendendo a possível incompetência do STF para julgar o caso e sugerindo que o processo deveria ser remetido à primeira instância.
Essa divergência tem ampliado as incertezas sobre o desfecho.
Impacto político imediato
A repercussão política é intensa. Parlamentares da base governista consideram o julgamento um momento de afirmação da democracia, enquanto aliados de Bolsonaro falam em perseguição judicial e alertam para a possibilidade de “criminalização da oposição”.
Enquanto isso, movimentos sociais e organizações da sociedade civil organizam manifestações em diferentes capitais, tanto em apoio ao STF quanto em solidariedade a Bolsonaro.
Expectativa para os próximos dias
A previsão é de que o julgamento se estenda por mais sessões, com votos ainda a serem proferidos por ministros centrais. A decisão final poderá determinar não apenas o futuro político de Bolsonaro, mas também estabelecer um precedente histórico para casos de atentados contra a ordem democrática.
Especialistas afirmam que, qualquer que seja o resultado, o Brasil viverá um capítulo decisivo de sua história institucional.
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