A avó cuidou do neto como um filho… mas no casamento dele, ela foi ignorada por todos
Dona Cida era daquelas avós que não medem esforços. Criou o neto desde que ele era apenas um bebê, quando a filha, muito jovem e sem condições, precisou deixá-lo sob seus cuidados. Enquanto todos seguiam suas vidas, ela deixou a própria de lado para ser mãe de novo — mesmo com os cabelos já grisalhos e as mãos marcadas pelo tempo.
Matheus cresceu chamando Dona Cida de “mãe”. Ela ensinou as primeiras palavras, cuidou das febres de madrugada, foi em todas as reuniões da escola e vibrou com cada conquista dele. Ele era seu orgulho, seu mundo, sua maior razão para continuar.
Mas o tempo passou… e Matheus cresceu.
Já adulto, começou a se afastar, influenciado por outras pessoas. Dona Cida entendia — ou fingia que entendia — que os jovens têm pressa e pouco tempo. Mesmo assim, preparava seus pratos preferidos e esperava as visitas que cada vez mais se tornavam raras.
Até que chegou o grande dia: o casamento de Matheus.
Dona Cida costurou o próprio vestido, comprou sapatos novos e chegou cedo, ansiosa, com os olhos brilhando de emoção. Mas logo percebeu que ninguém ali parecia lembrar dela. Ficou num canto da cerimônia, sozinha, ignorada.
Nem mesmo foi mencionada nos agradecimentos.
A avó que foi mãe, amiga, enfermeira e conselheira… ficou invisível no momento mais importante da vida dele.
Enquanto todos dançavam e brindavam, ela se retirou em silêncio. Não com raiva, mas com um vazio no peito que nem ela sabia explicar. Ao chegar em casa, sentou na poltrona, olhou para uma foto antiga de Matheus pequeno e sussurrou:
“Eu faria tudo de novo… mesmo sabendo que seria esquecida.”
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