Lívia Andrade é acusada de minimizar acidente aéreo em SC e gera debate nas redes

No último domingo, 17 de agosto, a apresentadora Lívia Andrade se viu inesperadamente no centro de uma polêmica delicada. O motivo: um comentário feito em vídeo publicado em suas redes sociais, em meio a um fim de semana marcado por tragédia no interior de Santa Catarina.

Horas antes, um avião havia caído em Bom Retiro, na Serra Catarinense. O acidente deixou uma vítima fatal — o empresário José Germano Luchmann, de 61 anos — e uma mulher de 49 anos em estado grave, com traumatismo craniano. A notícia se espalhou rapidamente, mobilizando imprensa local e nacional.

Enquanto amigos e fãs demonstravam preocupação, já que Lívia também estava na região, a apresentadora decidiu gravar um vídeo para tranquilizá-los. Foi nesse contexto que usou a expressão que a colocaria no olho do furacão:

“Teve um negocinho aqui por perto, então o povo já começa a me ligar pra ver se eu tô viva. Mais viva do que nunca.”

A reação imediata

O tom aparentemente leve da fala foi recebido como minimização de uma tragédia. Para muitos internautas, reduzir a queda de uma aeronave fatal a um “negocinho” soava desrespeitoso diante da gravidade do episódio.

A expressão viralizou e passou a ser reproduzida em postagens críticas. Em poucas horas, o nome de Lívia Andrade estava entre os assuntos mais comentados da internet, cercado por acusações de insensibilidade.

A defesa de Lívia

Diante da enxurrada de críticas, a apresentadora voltou às redes sociais para tentar esclarecer o contexto. Segundo ela, o vídeo foi gravado no momento em que embarcava em um voo e, por isso, ainda não tinha conhecimento da real dimensão do acidente.

Lívia explicou que a escolha de palavras teve a ver com o momento de pressa e com a intenção de não alarmar os seguidores. Negou ter desrespeitado as vítimas e frisou que jamais faria pouco caso de uma tragédia.

O debate mais amplo

A explicação dividiu opiniões. Parte dos seguidores aceitou as desculpas, entendendo que a fala foi fruto de improviso. Outros, no entanto, mantiveram as críticas, afirmando que a comunicadora deveria ter mais cuidado com as palavras, sobretudo por ser uma figura pública.

O episódio levantou discussões maiores sobre a responsabilidade de celebridades na era digital. Até que ponto comentários feitos de forma espontânea podem ser relativizados? Qual é o limite entre a informalidade da linguagem de rede social e o respeito às vítimas de tragédias?

Entre a espontaneidade e a repercussão

O caso de Lívia Andrade ilustra o choque cada vez mais frequente entre espontaneidade e repercussão. Uma frase curta, dita sem pretensão, pode adquirir um peso enorme quando lida fora de contexto — principalmente quando a pauta envolve perda de vidas.

Enquanto a apresentadora segue sua rotina, tentando encerrar a polêmica, a expressão “um negocinho” permanece ecoando como símbolo de um debate que ultrapassa o episódio em si: a necessidade de cuidado e empatia na comunicação pública em tempos de hiperexposição.

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