Mulher é morta pelo marido após se recusar a preparar o almoço; caso choca cidade no interior de São Paulo

O que era para ser uma tarde comum no interior paulista terminou em tragédia. Clarice Marciano da Silva, de 50 anos, foi morta a tiros pelo próprio marido, Reginaldo Martins da Silva, de 53, após se recusar a preparar o almoço. O crime ocorreu no dia 1º de maio, em um sítio localizado a cerca de 5 quilômetros da cidade de Santo Antônio da Alegria, e chocou a população local pela brutalidade e pela motivação fútil.

🚨 O crime

Segundo informações da Polícia Civil, Reginaldo confessou ter atirado contra a esposa durante uma discussão doméstica. O disparo ocorreu por volta das 16h, dentro da residência do casal. Ao ouvirem o barulho, familiares correram até o local e encontraram Clarice gravemente ferida. Apesar das tentativas de socorro, ela morreu ainda no local.

O autor do crime foi detido logo em seguida e admitiu o assassinato, alegando ter perdido o controle após a recusa da mulher em cozinhar. A arma utilizada foi apreendida, e o caso foi registrado como feminicídio.

💔 Um ciclo de violência que durou mais de 30 anos

De acordo com relatos de familiares, Clarice vivia há mais de três décadas em um relacionamento marcado por agressões e ameaças. A sobrinha da vítima, em entrevista à EPTV, afirmou que a família já havia tentado convencê-la a deixar o marido, mas Clarice temia represálias.

“Ela dizia que ia mudar, que ele prometia parar. Mas a violência nunca parou. Foram anos de sofrimento”, relatou a sobrinha, emocionada.

A trágica morte de Clarice expõe, mais uma vez, a realidade alarmante da violência doméstica no Brasil, onde, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é morta a cada seis horas vítima de feminicídio.

⚖️ Investigações e repercussão

Reginaldo foi preso em flagrante e conduzido à delegacia de São João da Boa Vista. Ele permanece à disposição da Justiça. O corpo de Clarice foi sepultado sob forte comoção no cemitério municipal de Santo Antônio da Alegria, com presença de familiares e amigos.

O caso gerou indignação nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a necessidade de reforçar políticas públicas de proteção às mulheres. Organizações locais de apoio às vítimas de violência doméstica divulgaram notas de pesar e cobraram justiça.

“Clarice é mais uma vítima de um sistema que falha em proteger mulheres que vivem sob ameaça dentro de casa. É preciso romper o silêncio e buscar ajuda antes que seja tarde demais”, destacou uma representante da ONG Amigas do Bem.

⚠️ Um alerta urgente

Casos como o de Clarice Marciano da Silva lembram que violência doméstica não começa com o tiro, mas com o controle, o medo e a humilhação. A tragédia de Santo Antônio da Alegria é mais uma entre milhares que poderiam ter sido evitadas.

Mulheres em situação de risco podem e devem buscar ajuda. O canal 180 funciona 24 horas, gratuitamente, com atendimento nacional e sigiloso.

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