Tati Machado fala pela primeira vez sobre a perda do filho Rael: ‘Não é um dia de cada vez. É uma hora de cada vez’
Em maio, depois de 33 semanas de gravidez, Tati percebeu que o bebê não estava mais se mexendo. A entrevista exclusiva ao Fantástico marca um momento de acolhimento e recomeço para o casal.
Em entrevista comovente, ela revela como enfrentou a dor mais profunda de sua vida — e como está tentando se reconstruir
No apartamento onde vive com o marido Bruno Monteiro, cercada por fotos, lembranças e silêncio, Tati Machado abriu o coração sobre a perda devastadora do filho Rael, que morreu aos oito meses de gestação, em maio deste ano.
“Não é um dia de cada vez. É uma hora de cada vez”, desabafa Tati, com a voz embargada. O casal rompeu o silêncio em uma entrevista ao Fantástico, que marcou um momento de dor, acolhimento e força.
Rael foi anunciado ao vivo com emoção no Mais Você:
“Gente, é real esse bilhete! Eu tô grávida!” — disse ela na época, radiante. Mas a alegria se transformou em luto quando, no Dia das Mães, Tati percebeu que o bebê já não se mexia mais.
Mesmo tentando manter a rotina, foi ao hospital após ver nas redes sociais a notícia da perda de outro bebê. Lá, veio a confirmação mais cruel:
“O coração de Rael havia parado.”
Apesar da dor insuportável, Tati descreve o parto como “um momento lindo e necessário”, onde o casal pôde conhecer e se despedir de Rael ao mesmo tempo.
“A vida que a gente tem hoje é uma vida que foi imposta. Eu já estava transformada na versão ‘Tati mãe’”, diz ela. A causa da morte nunca foi explicada, mesmo após exames e autópsia.
O luto trouxe também uma luta: por reconhecimento, respeito e acolhimento. Tati defende com firmeza a Lei do Luto Materno, sancionada em maio, que garante apoio psicológico a mães e pais que enfrentam perdas gestacionais.
“Essa dor é silenciosa, invisível. Mas ela existe. E Rael existiu”, afirma.
A força de Tati emociona ao mesmo tempo que revela as fragilidades de quem vive um luto público. Ela voltou aos programas, reencontrou a amiga Lexa (que também perdeu uma filha recém-nascida) e fez uma viagem de cura pela Amazônia.
“O Rael tava lá em todos os momentos.”
Ainda que pense em uma nova gravidez, ela não força respostas.
“Hoje, eu ainda não estou pronta. Mas não desisti.”
Com Bruno ao seu lado, Tati segue reconstruindo a vida com a mesma essência: “Ela está voltando diferente, mas continua sendo luz”, diz o marido.
E finaliza com uma das frases mais fortes e universais da entrevista:
“Saudade é o amor que fica.”
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