Tragédia em shopping da Rússia: menino de 2 anos perde o braço em escada rolante e caso expõe falhas de segurança

O domingo em um dos maiores shoppings de Ecaterimburgo, na Rússia, começou como qualquer outro: corredores cheios, famílias circulando entre vitrines e crianças correndo em meio ao barulho da praça de alimentação. Mas a rotina foi interrompida de forma brutal quando um acidente envolvendo uma criança de apenas 2 anos de idade transformou um ambiente de consumo e lazer em um cenário de desespero.

O acidente em segundos

Segundo testemunhas, tudo aconteceu de forma tão rápida que parecia impossível reagir. A mãe segurava o filho pela mão quando, em um momento de distração, o menino conseguiu colocar o braço no vão lateral da escada rolante. Em questão de instantes, o mecanismo puxou o membro com força, e a cena que se seguiu foi descrita como “um pesadelo à luz do dia”.

O pai da vítima, em choque, sugeriu que um degrau em manutenção possa ter contribuído para a tragédia — hipótese que agora faz parte da investigação.

A reação do público

O desespero inicial deu lugar à mobilização. Clientes que presenciaram a cena correram para ajudar. Um homem improvisou um torniquete com o que tinha em mãos, enquanto outros buscaram materiais de primeiros socorros em lojas próximas.

Esse gesto de solidariedade foi crucial: conteve parte do sangramento até a chegada dos paramédicos. Poucos minutos depois, a equipe médica chegou, recolheu o braço da criança, o colocou em gelo e encaminhou o menino às pressas para um hospital da região.

A luta pela vida

Levado diretamente à UTI, o pequeno foi colocado em coma induzido para permitir a cirurgia. Apesar dos esforços da equipe médica, especialistas confirmaram que não seria possível reimplantar o braço. O estado de saúde da criança foi classificado como estável, mas o trauma físico e emocional da família ainda está apenas no início.

A investigação oficial

O Comitê Investigativo Russo imediatamente isolou a área da escada rolante e abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. A principal linha de investigação é se houve falha na manutenção do equipamento ou negligência dos responsáveis pelo shopping.

Enquanto isso, engenheiros e técnicos foram convocados para inspecionar todas as escadas rolantes do centro comercial — uma medida que busca evitar novas tragédias.

Comoção nacional e debate urgente

O caso ganhou grande repercussão na imprensa russa e nas redes sociais. A imagem de uma criança tão pequena vítima de um acidente brutal levantou questionamentos sobre a segurança em espaços públicos que recebem milhares de pessoas diariamente.

Especialistas em engenharia mecânica e segurança urbana já apontam que, embora acidentes em escadas rolantes sejam raros, eles expõem a fragilidade de sistemas de fiscalização e manutenção preventiva. “São equipamentos de uso intenso e, quando falham, podem provocar desastres irreparáveis”, destacou um consultor ouvido pela imprensa local.

Um alerta para pais e responsáveis

A tragédia reacende um alerta importante: crianças pequenas são as mais vulneráveis em ambientes de grande circulação. A curiosidade natural, aliada à falta de noção de perigo, aumenta os riscos em situações que parecem banais.

Especialistas reforçam a necessidade de atenção redobrada dos pais e responsáveis, além de maior rigor das autoridades na fiscalização de equipamentos de uso público.

Um futuro incerto

Para a família do menino, nada será como antes. A dor do trauma e a adaptação à nova realidade se somam à luta por respostas e justiça. Para a sociedade, fica a lembrança de que tragédias como essa não podem ser naturalizadas — e devem servir como catalisadoras de mudanças concretas na segurança de locais que deveriam ser sinônimo de lazer, não de horror.

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